A superprodução de 209 minutos de Martin Scorsese foi acusada por Jack Goldsmith de não narrar a verdadeira relação entre ele e o padrasto
Jack Goldsmith, enteado de Chuckie O'Brien, personagem de O Irlândes, de Martin Scorsese, chamou a produção de falsa em uma publicação do The New York Times.
Inspirado no romance criminal I Heard You Paint Houses, de 2004, a adaptação para o cinema de Scorsese explora a relação entre mafiosos e políticos americanos na vida real.
Lançada em novembro de 2019, a obra de 209 minutos concorreu ao Globo de Ouro 2020 em cinco categorias, mas 1917 acabou levando a estatueta mais importante da premiação como Melhor Filme.
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O Irlandês reúne os eventos que levaram o infame desaparecimento de Hoffa em 1975, e como Sheeran (Robert DeNiro) estabeleceu relações comerciais com o chefe da máfia da Filadélfia, Russell Bufalino (Joe Pesci) e Hoffa (Al Pacino).
Na vida real, os assassinatos de Hoffa e Gallo não foram oficialmente solucionados.
Na publicação, "Como 'O Irlandês' Maligna Meu Padrasto", Jack Goldsmith defende o próprio padrasto de 86 anos que, no O Irlandês, se torna cúmplice no assassinato de Hoffa.
Na versão do cineasta, O'Brien é retratado como o filho adotivo de Hoffa, em contraste com Sheeran, que é descrito como um amigo confiável e bem informado.
O enteado esperava estar narrativamente conectado ao assassinato de Hoffa, mas não previa que Scorsese "se apropriasse de seu relacionamento próximo com Hoffa... e o entregasse a Sheeran para que todo mundo visse e acreditasse".
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Além disso, ele pontuou a produção como "um dos melhores filmes falsos que eu já vi".
Apesar da resposta de O'Brien, O Irlandês é um filme fictício da Netflix baseado em eventos reais.
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