Festival reúne atrações musicais e audiovisuais que exploram os diferentes aspectos do jazz e traz de volta ao público o prazer de ir a um show
Nascido entre a população de negros americanos, com imensa bagagem histórica, ritmos sincopados e fonte de inspiração para diversas partes do globo, o jazz tem o poder de transcender barreiras e criar lendas culturais. Para levar essa riqueza ao público e reviver grandes momentos, o Sesc Jazz chega à sua 3ª edição para matar a saudade dos shows e do encanto da música.
Na forma de um festival multiplataforma organizado pelo Sesc São Paulo, o evento aborda o jazz sob um novo olhar, explorando sua presença no mundo contemporâneo. Indo muito além do som, a curadoria desta edição traz os vários sotaques que o ritmo assume em lugares diferentes, suas manifestações e influências em outros aspectos da cultura.
De 15 a 31 de outubro, nas unidades do Sesc Consolação, Pinheiros, Pompeia e Vila Mariana, as pessoas poderão conferir mais de 20 shows nacionais — transmitidos ao vivo com plateias reduzidas. E para completar a experiência, o público vai poder curtir exibições de concertos internacionais, produções audiovisuais, mostras de filmes e apresentações do acervo, além de bate-papos, escutas mediadas de discos e masterclasses de instrumentos para músicos. E o melhor é que muitas das atividades são gratuitas e ainda podem ser vistas on-line nos canais virtuais do Sesc.
O festival estreita ainda mais a relação do Sesc com o jazz, que faz parte da programação da instituição há décadas. Dentre as atrações, os participantes assistem aos shows de Funmilayo Afrobeat Orquestra, grupo formado e idealizado por mulheres negras em homenagem à ativista nigeriana Funmilayo Anikulapo Kuti; Hamilton Holanda, que circula entre o jazz, choro, rock e música clássica; Ana Karina Sebastião, baixista que já acompanhou lendas da música brasileira; Vinícius Chagas, considerado um dos maiores nomes do saxofone de sua geração, entre outras.
O evento se debruça sobre várias linguagens que vão além das melodias. Assim, o audiovisual marca presença com duas webséries inéditas: Festivais do Brasil, com cinco minidocs que mostram a história da cena independente dos festivais de jazz no País, e Jazzpora, com sete episódios que exploram as conexões estéticas e políticas entre o jazz e outras formas artísticas a partir de uma musicalidade afrodiaspórica.
O festival ainda oferece masterclasses virtuais, com inscrição prévia — ministradas por ícones como a baterista Lilian Carmona e o trompetista Sidmar Vieira — e de aula-show com o maestro Letieres Leite por meio de vídeos que serão disponibilizados on-line, sem necessidade de inscrição. Além disso, muitos debates sobre as características e sotaques regionais do jazz farão parte da programação do festival no canal do YouTube do Sesc. No Instagram, ainda será possível conferir bases gravadas sensacionais, com performances de Hermeto Pascoal, Arismar do Espírito Santo, Zé Manoel e Badi Assad.
Marcando o tão aguardado reencontro do artista com a plateia, o festival foi pensado a partir de alguns eixos. A relação entre tradição e vanguarda, a ideia de território, a diversidade e o elemento da memória são alguns dos pilares da curadoria. Outro ponto abordado é o de que falar de música também remete à política e a outras construções sociais.
Novidade bem-vinda, neste ano será possível acompanhar todos os espetáculos on-line. Dessa forma, o conteúdo pode ser visto no canal ao vivo do Sesc e nas unidades que estão realizando o evento, levando a experiência dos shows a milhares de pessoas.
É importante ressaltar: As atrações presenciais acomodarão um público reduzido, seguindo todos os protocolos de prevenção contra a Covid-19. A venda on-line de ingressos começa às 14h desta terça, 12, e a partir das 14h da quarta, 13, nas bilheterias das unidades participantes, com venda específica para as apresentações que cada Sesc irá realizar.
Não deixe de acessar sescsp.org.br/sescjazz para conferir a programação completa e outras recomendações.