Capa global da Rolling Stone, Lana Del Rey superou década de tensão e desânimo enquanto se aproxima do status de maior compositora em atividade
Lana Del Rey é a capa global da Rolling Stone! Em entrevista concedida a Hannah Ewens, da Rolling Stone Reino Unido, a cantora se abriu sobre uma década complicada, de desânimo e dificuldades, motivadas pelas duras críticas que recebeu desde sua estreia com o disco Born To Die(2012).
Os ventos mudaram, e desde 2019 Lana parece ter ganhado um novo olhar do jornalismo musical. No entanto, é somente agora que a cantora parece pronta para iniciar uma nova fase na carreira, sem nada a provar à indústria.
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Veja destaques da entrevista de Lana Del Rey à Rolling Stone UK:
Eu pensei: ‘Isso soa muito diferente agora. As baladas eram como hits pop.’ Por isso, em vez de ser avaliada como uma artista baseada na razão, do cotidiano, fui avaliada em um nível padrão, o que foi desafiador. Lidar com uma crítica tão dura faz com que progredir de forma alegre seja difícil.
Era sobre sobreviver, tentando acrescentar um pouco de glamour e explicações sobre como eu queria enfrentar algumas coisas sobre as quais eu cantava.
Acho que se você é um cantor e a opinião das pessoas sobre o seu trabalho muda tantas vezes, você acaba percebendo: Ok, há algo a aprender com o que escutamos. Paralelamente, definitivamente não sou a pessoa mais preocupada com a validação externa.
Era importante para mim não ter nenhuma influência da cultura exterior, a não ser pelo que ressoasse em mim. Sempre soube que eu faria outras coisas além de cantar. Para me conectar mais com esse novo caminho, eu precisava entrar em sintonia comigo.
Jack Antonoff e eu somos muito parecidos em relação ao quanto sabemos sobre o que acontece culturalmente, só não sei como. Definitivamente não lemos ou ouvimos muito sobre isso, mas sempre identificamos as viradas de chave na cultura.
Encontrar alguém assim [médiuns] ajuda a te validar, porque mostra que realmente há muito mais acontecendo.
Eu tentei responder o máximo de perguntas possíveis nesses quatro anos [da graduação]. E, então, aprendi que filosofia é um estudo sobre as perguntas, e não respostas. Não havia respostas, o que deixava tudo pior.
Eu pensei que seria para os garotos! Mas, novamente, engraçado como se tornou o oposto. Que lição incrível para levar às garotas. Definitivamente escrevi Born to Die para os meninos.
Uma coisa da qual nunca me livrei são esses relacionamentos normais, mas controversos. Não é como se, quando você se torna uma cantora, as pessoas começassem a ser boas com você. Isso nunca acontece. As pessoas ainda são elas mesmas. Acho que é por isso que algumas consideram meu trabalho polarizador, porque ou você esteve em uma dinâmica controversa na família e nas relações interpessoais, ou não esteve.
Algumas pessoas se encontram por meio do trabalho, viagens. Acho que minha forma de me encontrar, aprender mais de mim mesma, é estar com outras pessoas.
Leia a entrevista completa com Lana Del Rey.
Créditos: Fotografia por Chuck Grant. Syling por Joseph Kocharian. Cabelo por Sheridan Ward. Maquiagem por Etienne Ortega. Produção de Brendan Garrett. Digi tech por Michael Cardiello. Iluminação por Thomas Pat. Assistência de iluminação de Per Thomas. Assistência de moda por Aaron Pandher.