Do rap ao pop e passando pelo rock, confira artistas que superaram barreiras para serem lembrados por seus recordes
Em uma mistura de recordes óbvios e incomuns, o Guinness World Records é perfeito para quem ama acompanhar os feitos conquistados por personalidades que jamais imaginaríamos. Artistas independentes, cantores e rappers já chegaram ao limite para entrar para o livro dos recordes.
Alguns se destacaram pelas vendas e pelo seu público, outros já entraram no catálogo pelos impressionantes números que atingem nas redes sociais. Superar barreiras não é algo de um gênero específico. Do rap ao pop e passando pelo rock, a Rolling Stone Brasil separou uma seleção de artistas que superaram barreiras para serem lembrados por seus recordes.
O sábado de 6 de dezembro de 1969 foi motivo de euforia para os fãs de rock nos Estados Unidos. O dia marcava a data de um enorme show gratuito, que reuniu cerca de 300 mil pessoas, organizado pelo The Rolling Stones.
O concerto prometia muita diversão e música, com presenças de peso na setlist, como Santana, The Grateful Dead, Crosby, Stills, Nash & Young e mais. O objetivo da banda — que seguia os conceitos da contracultura — era demonstrar que os fãs de rock sabiam se comportar em aglomerações, no entanto, o resultado foi bem diferente do esperado.
Além de quatro mortes e inúmeros registros de agressões, o festival gratuito de Altamont também registrou quatro nascimentos, registrados pela Cruz Vermelha. As informações foram divulgadas pelo The Guardian na época.
O maior número de batidas em um minuto usando um braço prostético é de 2.400, alcançado por Jason Barnes. O braço protético foi criado por Gil Weinberg (ambos EUA) no Instituto de Tecnologia de Georgia, em 25 de julho de 2018.
Jason Barnes, um baterista amputado, usava uma banda eletromiográfica que detecta a atividade muscular de seu antebraço. O braço prostético é acionado pelo sensor muscular para começar a tocar bateria.
Eminem já é conhecido como um dos melhores rappers da geração, e esse recorde o consolidou ainda mais no cenário do hip hop. Sua música “Rap God” quebrou o recorde de maior número de palavras em uma canção. A canção contém 1560 palavras, sem contar a introdução feita por outro cantor, em apenas 6 minutos, dando uma média de 97 palavras a cada 15 segundos.
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Os recortes de cabelo mais valiosos vendidos em leilão são uma massa de cortes pretos escuros da cabeça de Elvis Presley que foram vendidos por seu barbeiro pessoal por US$ 115.120 (£ 72.791, prêmio do comprador incluído) a um comprador anônimo durante um leilão online realizado pela MastroNet Inc, Oak Brook, Illinois, EUA, em 15 de novembro de 2002.
A massa de cabelo tem aproximadamente 8 cm de diâmetro, acompanhada por cartas de autenticidade de Tom Morgan Jr. (detalhando sua história), John W. Heath (o maior especialista em memoriais de ElvisPresley do mundo) e John Reznikoff dos Arquivos da Universidade (autoridade mais respeitada do mundo na área de coleta de cabelo).
O cantor francês Jordy foi o artista mais jovem a alcançar ao primeiro lugar da principal parada de singles da Billboard. Com apenas quatro anos, “Dur Dur D’être Bébé!” (1992), conquistou o título de música mais tocadas nos Estados Unidos. Na época, a música também foi sucesso em outros países, incluindo no Brasil.
A cantora galesa Helen Leahey, conhecida como Rainha do Baixo ou Voz Sombria do Folk, quebrou o recorde de nota vocal mais baixa/grave em 2018, na Escola de Música Wagner em Koblenz, Alemanha. Helen atingiu a frequência vocal de 72,5Hz em sua segunda tentativa. O recorde anterior era de 82,4Hz.
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A frequência média do alcance vocal para mulheres em idade adulta pode variar de 150Hz a 250Hz. Já para os homens adultos, a faixa pode variar de 85Hz a 155Hz.
A voz naturalmente profunda de Helen ajudou-a definir e moldar sua carreira musical, assim como as raízes celtas. Em suas canções, muitos instrumentos podem ser ouvidos, incluindo o violão, o bouzouki irlandês, a gaita e o tambor irlandês (Bodhrán).
Geralmente, os álbuns de música não ultrapassam de duas ou três palavras. No entanto, o livro de recordes registrou o maior título de álbum, com 156 palavras e 865 caracteres. O recorde pertence ao 13º disco do grupo britânico Chumbawamba, lançado em 2018.
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O álbum se chama: “The Boy Bands Have Won, and All the Copyists and the Tribute Bands and the TV Talent Show Producers Have Won, If We Allow Our Culture to Be Shaped by Mimicry, Whether from Lack of Ideas or from Exaggerated Respect. You Should Never Try to Freeze Culture. What You Can Do Is Recycle That Culture. Take Your Older Brother’s Hand-Me-Down Jacket and Re-Style It, Re-Fashion It to the Point Where It Becomes Your Own. But Don’t Just Regurgitate Creative History, or Hold Art and Music and Literature as Fixed, Untouchable and Kept Under Glass. The People Who Try to ‘Guard’ Any Particular Form of Music Are, Like the Copyists and Manufactured Bands, Doing It the Worst Disservice, Because the Only Thing That You Can Do to Music That Will Damage It Is Not Change It, Not Make It Your Own. Because Then It Dies, Then It’s Over, Then It’s Done, and the Boy Bands Have Won”
Em tradução livre: “As boybands ganharam, e todos os copiadores e as bandas tributo e os produtores de programas de talento ganharam, se permitirmos nossa cultura ser moldada pelo mimetismo, seja pela falta de ideias ou pelo respeito exagerado. Você nunca deveria tentar congelar a cultura. O que você pode fazer é reciclar a cultura. Pegue a jaqueta do seu irmão mais velho e recicle ela, reinvente ela até que ela se torne sua. Mas não apenas regurgite a história criativa ou tenha a arte e a música como algo fixo, intocável ou guardado cuidadosamente em uma redoma de vidro. As pessoas que tentam ‘manter’ alguma forma particular a música são como copiadores ou bandas manufaturadas, fazendo o pior desserviço, pois a única coisa que você pode fazer pela música que não irá prejudicá-la é não mudá-la, não fazer dela sua. Pois quando essa música morrer, acabou, e então chegou ao fim, e então as boybands ganharam”.
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