Para comemorar os 78 anos de Ian Gillan, recordamos uma lista do vocalista do Deep Purple para a Louder Sound, revelando quais são as oito canções que mudaram sua vida
Responsável por dar voz a "Smoke On The Water", um dos hits mais memoráveis na história do rock, Ian Gillan completa 78 anos neste sábado (19 de agosto) e, desde cedo, a música tem sido uma constante sempre presente na vida do vocalista do Deep Purple.
O Deep Purple e seus músicos não apenas alteraram o curso do rock, especialmente na década de setenta, mas também afetaram positivamente a vida de muitos de seus fãs e, talvez em reconhecimento, o portal Louder Sound ofereceu uma oportunidade para que Ian Gillan revelasse quais canções serviram de inspiração para encontrar a sua voz no cenário musical.
Confira a seleção na íntegra abaixo - e os motivos dos quais Ian Gillan foi marcado pelas canções.
"Chuck Berry foi o primeiro e o melhor. Ele é o cara que escreveu "Roll Over Beethoven", que escreveu "No Particular Place To Go", "Johnny B. Goode", "Sweet Little Sixteen", "Memphis, Tennessee"… fala sério! E "Rock & Roll Music", digo, a letra aqui é tão expressiva da época".
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"Quando as crianças da minha geração escutaram esta música pela primeira vez, foi via um rádio plugado na parede e era a BBC tocando Frank Sinatra, Perry Como ou Dean Martin. Felizmente, alguém inventou um transistor, então podíamos escapar de nossos pais e da BBC e levar nossa música para o pátio da escola ou a um parque e escutar a Rádio Luxembourg".
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"Acho que ouvi Eddie Cochran fazer esta música primeiro, mas Ray Charles fez a versão definitiva e este é o arranjo que fizemos com The Javelins. Ray Charles era um cantor de soul, jazz e blues com tendências rock‘n’roll e ele era tão talentoso e multi-facetado como músico e compositor. Aquele ritmo e aquele pequeno lick... te pegava pelos colhões de cara".
"À época, quando alguém comprava um single novo, ficávamos todos em volta da casa e o escutávamos juntos. Alguém comprou "Dream Baby", e nenhum de nós tinha ouvido uma voz como aquela antes. Era muito pura, o que era intrigante para mim. É uma música tão fantástica e ela cresce lindamente. Roy Orbison, para nós, era como uma versão pop de Johnny Cash, vestido todo em preto com seus óculos escuros, mas com uma voz melhor".
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"Esta foi originalmente gravada por um grupo feminino chamado The Cookies, mas só ouvi essa versão uns dez anos atrás. O verdadeiro charme nesta gravação é a composição – a letra, o conceito e a estrutura. Ela foi escrita por Gerry Goffin e Carole King, que eram parte de toda aquela cena Brill Building de Nova York e, quando os Beatles a fizeram, tinha um verdadeiro groove".
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"Esta música foi gravada por vários artistas (The Dave Clarke Five e The Hollies entre eles), mas a versão que mais gostávamos era a de Faron’s Flamingos, de Liverpool. É um álbum bem obscuro e não foi muito bem comercialmente porque a gravação original de The Contours foi um sucesso. É uma grande música, com alto impacto ao vivo".
"O que mais gosto em ‘Heartbeat’ é, na verdade, o delicioso solo de guitarra, mas, de novo, esta é simplesmente mais uma música pura e perfeita. Com as técnicas de gravação da época, trabalhando em apenas dois ou quarto canais no estúdio, você consegue ouvir cada respiro dado pelo cantor, cada rangida das cordas da guitarra e há uma verdadeira pureza e imediatismo nas músicas, como se ele estivesse cantando diretamente em seu ouvido. Não surpreende que as garotas o adoravam".
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"Bo Diddley era um showman ultrajante, com sua guitarra retangular feita em casa e suas roupas selvagens. Ele tinha esse som rítmico único também. Essa música tem uma letra simples de menino e menina, mas é uma graça e a música é tão poderosa, com um ritmo bem contagiante. Acho que essa música foi uma grande parte na evolução do rock‘n’roll. Ainda volto a esse ritmo".
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