A banda do Lollapalooza que polemizou no Brasil com supostos playbacks
Apresentações de grupo de rock em São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro geraram comentários nas redes sociais e na imprensa especializada
Igor Miranda (@igormirandasite)
Publicado em 07/04/2025, às 18h38
O Bush esteve no Brasil para três apresentações. Uma delas teve transmissão para todo o Brasil: no festival Lollapalooza, em São Paulo, no último dia 30 de março. Já em 1º e 2 de abril, respectivamente, o grupo liderado pelo vocalista e guitarrista Gavin Rossdale tocou em Curitiba (Ópera de Arame) e Rio de Janeiro (Vivo Rio).
Os shows geraram comentários a respeito de supostos playbacks de Rossdale. O cantor teria recorrido a voz principal pré-gravada em momentos distintos dos sets.

O jornalista Rolf Amaro destacou em texto para o site Igor Miranda que, durante a apresentação no Lolla, duas músicas apresentaram uso de playback vocal: “More Than Machines” e “Flowers on a Grave”. O texto afirma:
“A diferença ficou clara na terceira música, ‘More Than Machines’, esta sim totalmente à base de playback. Ocorre justo quando Gavin abdica de tocar a guitarra base e corre pra galera — literalmente, pois segue até onde a grade o permite na direção da torre de som. Um curioso descanso para a voz. [...] A recusa de aceitar os efeitos do tempo volta em ‘Flowers on a Grave’. Esta e ‘More Than Machines’ são da fase mais recente, já com Gavin na condição de único integrante remanescente da formação original. E foram as únicas em que o playback reinou.”
Alguns vídeos gravados durante apresentação em Curitiba também mostram o uso da ferramenta. Confira um abaixo.
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Já na performance do Rio de Janeiro, o jornalista Marcelo Vieira, também para o site Igor Miranda, conta que Rossdale em parte do set “abusa dos playbacks, sem sequer se preocupar em disfarçar — por vezes ‘cantando’ a dois palmos do microfone e errando entradas”. “Mas o público, lotando o Vivo Rio para o último compromisso da banda no país, não parece se importar. [...] O coro cobre as limitações vocais do frontman. Os próprios playbacks se denunciam, com a voz pré-gravada soando por um P.A. diferente do microfone ao vivo. De novo, ninguém dá a mínima”, complementa.
Por sua vez, o repórter Marco Antonio Barbosa apontou no Scream & Yell: “Na (fraca) performance no último Lollapalooza, muita gente nas mídias sociais questionou não apenas a capacidade vocal de Rossdale; também houve a desconfiança do uso de playback. No show no Rio, a sensação foi parecida. O volume da voz oscilava bastante entre uma música e outra, subindo nos números em que o cantor deixava a guitarra de lado e baixando em outros. Como em diversos momentos houve a aplicação de efeitos nos vocais, fica difícil cravar com certeza. De resto, Rossdale até que ainda dá pro gasto”.
Há, por outro lado, canções onde o vocalista e guitarrista não utiliza o artifício. “Glycerine” e “Swallowed”, esta em arranjo a capella, parecem trazer performance 100% ao vivo do artista. Confira filmagem a seguir.
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