A curta resposta de Kerry King sobre a atmosfera atual do Slayer

Em uma movimentação inesperada, o Slayer anunciou, em fevereiro do ano passado, que retomaria suas atividades — pouco mais de 5 anos após seu show de despedida. O grupo, que estava na ativa desde 1981, havia encerrado sua carreira em especial devido a um desejo do vocalista e baixista Tom Araya em se aposentar.

O retorno foi confirmado, inclusive, semanas após o guitarrista Kerry King ter dito que o grupo jamais voltaria. Na ocasião, em entrevista à Rolling Stone EUA, ele fez várias críticas a Araya: revelou ter tocado baixo em diversos álbuns no lugar do colega, disse que o repreendeu por uma publicação no perfil oficial do grupo exaltando o presidente americano Donald Trump e garantiu que, se dependesse só dele, o Slayer teria continuado.

Fato é que o grupo está de volta, ainda que apenas para shows esporádicos. Dois aconteceram em 2024 e outros seis estão marcados para os próximos meses de julho e setembro — um deles deveria ter ocorrido ano passado, mas teve de ser adiado. A agenda conta até com uma performance especial: uma participação no megafestival inglês Back to the Beginning, que marca a despedida do Black Sabbath dos palcos.

Como está a atmosfera atual no Slayer, hoje composto por King, Araya, o também guitarrista Gary Holt e o baterista Paul Bostaph? Em entrevista à Rolling Stone Brasil, Kerry foi sucinto na resposta para essa pergunta.

“Está sendo como antes — nós aparecemos, fazemos nosso show e vamos para casa. Daí dissemos: ‘Falo com você em seis meses’. Talvez. [Risos]”

Keryr King e Slayer na despedida do Black Sabbath

O ícone do thrash metal se mostrou bem mais empolgado ao comentar sobre a participação na despedida de seus ídolos. Ele disse:

“Quero chegar bem cedo naquele show, pois muitos amigos meus vão tocar músicas do Black Sabbath. Será um pesadelo tentar subir na lateral do palco para conferir, então espero que tenha transmissão ao vivo nos bastidores. Quero ver Metallica, Pantera, Lzzy Hale, só para citar alguns.”

King, que esteve no Brasil para se apresentar no festival paulistano Bangers Open Air, admitiu ficar “honrado” pela escalação do Slayer no evento do Sabbath — e fez mistério em relação à canção dos pioneiros do heavy metal a ser tocada por ele e seus parceiros.

“É uma honra até ser considerado para tocar isso. Estou feliz por estarmos em modo de trabalho para receber essa oferta. Como demorei, escolhi nossa música do Sabbath bem tarde, quando não havia tantas escolhas óbvias. Porém, a que escolhi vai funcionar muito bem. Dei um jeito para que eu e Paul pudéssemos ensaiar. Temos que colocar Tom e Gary a bordo quando ensaiarmos para isso. Vai ser matador.”

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