Músico do Blur e Gorillaz revelou não ser grande fã da restrição aplicada pelo ícone folk a seus shows
Publicado em 10/11/2024, às 08h00
Faz um bom tempo que Bob Dylan tem proibido o uso de celulares em seus shows. Para o artista, é importante que as apresentações ao vivo sejam apreciadas somente por quem está lá e que smartphones não tirem a concentração de outras pessoas.
A ideia, claro, divide opiniões. Damon Albarn faz parte do time que não aprova a decisão de Dylan.
Durante entrevista à BBC, o músico do Blur e do Gorillaz explicou suas ressalvas ao formato. Para ele, trata-se de um problema pelo simples fato de ser uma proibição.
O inglês disse:
Se você começar a proibir coisas, onde isso vai parar? Acho que você só precisa aparecer no palco e fazer o que tem que fazer.”
Na opinião de Albarn, é papel do artista tornar sua apresentação interessante. Caso contrário, os celulares realmente podem ficar mais interessantes.
As pessoas não vão querer ficar no celular se você estiver interagindo com elas corretamente.”
Curiosamente, Damon sofreu com a falta de interação do público durante um show do Blur no festival americano Coachella, em abril último. A plateia pareceu tão desinteressada — não necessariamente por causa dos celulares — que o frontman chegou a disparar em dado momento:
Vocês nunca mais vão nos ver, então é melhor cantar essa p*rra! Entendem o que estou dizendo?”
Bob Dylan faz uso de um sistema chamado Yondr, que oferece uma bolsa durante os shows (via site Igor Miranda). Nela, o fã precisa colocar seu celular. A própria equipe a tranca antes do início da apresentação.
A bolsa só é aberta em duas situações. A primeira, claro, ao fim do evento. A segunda, caso o fã precise utilizar seu smartphone — nesta situação, ele vai para uma área reservada, fora do ambiente da apresentação.
Com o objetivo de garantir que ninguém possa burlar a regra, vários seguranças transitam pelo local do show. Se alguém surgir com o celular em mãos, esta pessoa é retirada do ambiente.
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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.
