Guitarrista do Queen também é PhD em astrofísica e militante da causa ambiental
Publicado em 13/08/2023, às 12h00
Mundialmente conhecido como guitarrista do Queen, Brian May não é estranho à ciência. Formado em física e matemática pela Imperial College London, na Inglaterra, o músico interrompeu seus estudos de PhD em astrofísica na década de 1970 para se dedicar à banda. Já nos anos 2000, retomou para poder obter seu título científico.
Militante da causa ambiental, May é vegano e vez ou outra se manifesta em entrevistas sobre o impacto da ação humana em nosso planeta. Durante entrevista à Sky News (via site Igor Miranda), o guitarrista foi convidado a trazer seu ponto de vista a respeito do atual momento vivenciado na Terra. E sua resposta não foi nada positiva.
A base do argumento girou em torno da revelação de que o último mês de julho foi o mais quente registrado no mundo em toda a história (via O Globo). Antes mesmo do período ser concluído, já se sabia que a marca história seria batida. Diante disso, Brian não economizou na crítica.
“Bem, acho que agora está bastante claro que estamos tendo um efeito deletério na Terra. Precisamos parar com o que estamos fazendo. E não é só o aquecimento global. Estamos cobrindo o planeta de concreto e basicamente eliminando todas as espécies, exceto aquelas que pensamos serem úteis para nós. Então, acho que precisamos de uma grande, grande mudança de filosofia e na maneira como tratamos as outras criaturas com as quais compartilhamos o planeta.”
O artista declarou ter exposto a mesma preocupação durante uma das convenções Starmus, um festival global de comunicação científica e arte. Seu público era formado por diversos astronautas e estudiosos do planeta Terra.
“Estava me sentindo muito nervoso. Mas todos eles vieram depois e disseram: ‘Você estava certo em dizer aquilo, Brian. Temos que nos comportar melhor em nosso próprio planeta antes de sairmos deixando nossa marca no resto do cosmos’.”
Brian May resolveu retomar os estudos em astrofísica em 2006, mais de três décadas após ter abandonado em prol do Queen. O guitarrista estudou a luz refletida pela poeira interplanetária e a velocidade desta mesma poeira no plano do Sistema Solar.
Curiosamente (via site Igor Miranda), o tema de pesquisa de seu PhD nos anos 1970 não foi abordado por ninguém no longo período que se passou. Então, ele pôde voltar a trabalhar no mesmo assunto de tanto tempo atrás, pois ainda era inédito.
Foi necessário apenas submeter a pesquisa a algumas atualizações, além de, obviamente, concluí-la. Muitas descobertas relacionadas foram feitas nas décadas anteriores, inclusive pela Nasa, a agência espacial americana. Aproveitando todo esse avanço, May finalizou o trabalho e a tese foi aprovada em 2007, estando disponível no site da Imperial College de Londres.
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.