Presença confirmada no Rock in Rio 2024, astro iniciou trajetória artística como rapper antes do seriado 'Um Maluco no Pedaço' e não abandonou este lado
Publicado em 02/09/2024, às 10h23
O anúncio de que Will Smith irá se apresentar no Rock in Rio 2024 pode ter pego fãs do astro, conhecido por sua atuação no cinema, de surpresa. Isso porque não é todo mundo que sabe que, antes de tornar-se rosto conhecido nas telonas, Smith desenvolveu carreira musical — da qual não se desapegou mesmo com os filmes e séries em que trabalhou. Inclusive no momento atual: confirmado no Palco Sunset do festival dia 19 de setembro, ele celebrou recentemente um acordo com o selo Slang, marcando seu retorno ao mercado fonográfico.
Pouco antes de realizar a assinatura do contrato, Smith deu indícios do retorno à música ao cantar o clássico gospel “You Can Make It” na edição 2024 da premiação BET Awards. A ocasião também marcou o retorno a um grande evento após o conhecido tapa no comediante Chris Rock durante a cerimônia do Oscar de 2022.
Mas essa história com a música se inicia muito antes. É datada ainda da década de 1980 — e tem sido bastante longeva.
Will Smith começou sua carreira artística como rapper em 1985, como MC da dupla Jazzy Jeff & the Fresh Prince, formada junto do DJ e amigo Jeffrey “DJ Jazzy Jeff” Townes. No ano seguinte, a parceria rendeu seu primeiro álbum, Rock the House, de onde veio o single “Girls Ain’t Nothing But Trouble”. Com o segundo disco, He’s the DJ, I’m the Rapper(1988), o público conheceu “Parents Just Don’t Understand”, canção que ofereceu ao duo um Grammy de Melhor Performance de Rap.
O maior hit nasceu em 1991: “Summertime”, do quarto álbum da dupla Homebase. Na esteira do sucesso obtido com a série Um Maluco no Pedaço (1990-1996), a faixa rendeu a eles um novo prêmio Grammy, de Melhor Performance de Rap por Duo ou Grupo, e a quarta posição das paradas dos Estados Unidos. O projeto teve mais um disco disponibilizado, Code Red (1993), antes de entrar em hiato devido ao seriado — do qual Jeffrey também participava.
Em 1997, Will retornou ao mundo da música como artista solo. Embora assinasse sozinho, continuou trabalhando com DJ Jazzy Jeff. O ator/cantor foi o responsável por “Men in Black”, a canção tema do filme homônimo (no Brasil, Homens de Preto) estrelado pelo próprio.
No mesmo ano, Smith lançou seu primeiro disco solo, chamado Big Willie Style. Além de “Men in Black”, o álbum contou com mais dois singles: “Just Cruisin” e “Gettin’ Jiggy wit It” — que alcançou o topo da parada americana.
Além disso, houve contribuições de Will para a trilha sonora de filmes. Por exemplo, ele participou da canção “Wild Wild West”, do filme As Loucas Aventuras de James West (1999), e “Light Em Up”, em parceria com Sean Paul para Bad Boys: Até o Fim (2024).
Colaborou: Augusto Ikeda.
- Rock the House (1987)
- He’s the DJ, I’m the Rapper (1988)
- And in This Corner… (1989)
- Homebase (1991)
- “The Fresh Prince of Bel-Air” (1992, single avulso)
- Code Red (1993)
- “Lovely Daze” (1998, single presente na coletânea Greatest Hits)
- Big Willie Style (1997)
- Willennium (1999)
- Born to Reign (2002)
- Lost and Found (2005)
- “Get Lit” (2017, single avulso)
- “Wild Wild West” - As Loucas Aventuras de James West (1999)
- “Got to Be Real” - O Espanta Tubarões (2004)
- “Friend Like Me” e “Prince Ali” - Aladdin (2019)
- “Light Em Up” - Bad Boys: Até o Fim (2024)
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.