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Música / ADMIRAÇÃO

A maior realização dos Titãs, segundo Tony Bellotto

Reflexão foi feita em entrevista em que Sérgio Britto afirma não acreditar que o “rock está morto”

Igor Miranda (@igormirandasite)
por Igor Miranda (@igormirandasite)

Publicado em 16/12/2024, às 08h00

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Tony Bellotto (Foto: Thaís Azevedo)
Tony Bellotto (Foto: Thaís Azevedo)

Os Titãs começaram como um grupo composto por nove integrantes. Ao longo de seus pouco mais de 40 anos de carreira, tal número se reduziu a um trio, com músicos de apoio para ocupar algumas das funções vagas. Um dos remanescentes é o guitarrista Tony Bellotto, presente desde a concepção da banda em 1982.

Diante de uma história com tantas glórias, qual teria sido a maior realização do grupo completo por Sérgio Britto e Branco Mello? O assunto foi abordado em entrevista a Eduardo Ferreira para o Tenho Mais Discos Que Amigos.

Na ocasião, Bellotto foi perguntado sobre a admiração dos fãs do grupo, independente da geração, ao longo desta jornada. Em sua resposta, recordou o dia no qual a banda conheceu um fã batizado em homenagem a um dos seus principais hits.

Essa (a admiração que atravessa gerações) é a nossa maior realização, com toda certeza. Não existe prêmio, dinheiro, cachê que pague a gente por isso. Em Tiradentes, Minas Gerais, já chegou um fã no camarim dizendo que se chama Marvin pois foi batizado pelos pais graças ao amor que tinham pela música.”

Em seguida, o guitarrista completa:

É muito comum a gente ver, na nossa plateia, pessoas da nossa idade – ou até mais velhas – pessoas mais jovens e adolescentes, até crianças. Essa capacidade da gente se comunicar com outras gerações é uma grande realização, um grande prêmio para a gente.”

Rock não está morto para Sérgio Britto

Sérgio Britto também participava da conversa e ao ser perguntado sobre como enxerga a frase de que “o rock morreu”, disse não concordar com tal percepção. O cantor e tecladista explicou:

É, isso é algo que está em moda, né? Teve uma época que o samba também estava morto, e agora é a vez do rock. Eu acho que essa questão dos gêneros é relativa, porque existem momentos de auge, e realmente é evidente que as grandes bandas de rock eram mais hegemônicas nas paradas de sucesso. Mas o rock como gênero continua muito vivo, só pegar nossa última turnê (Titãs Encontro) de exemplo. Acho que existe muita dessa atitude rockeira no rap, por exemplo, e o rock sempre foi dado por essas misturas. Surgiu dessa mistura com o blues e o country, se espalhando depois na década de 60. Acho que essa constante renovação também é uma grande prova disso.”

No início de 2024, os Titãs finalizaram a turnê em comemoração aos seus 40 anos de carreira, a Encontro. Na ocasião, o trio remanescente se apresentou com os ex-colegas Nando Reis, Arnaldo Antunes, Paulo Miklos e Charles Gavin. Encerrada a tour, o grupo passou a trabalhar no projeto Microfonado.

+++LEIA MAIS: O arrependimento de Nando Reis com seus primeiros anos fora do Titãs

Colaborou: Augusto Ikeda.

Igor Miranda (@igormirandasite)

Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.