A música do Migos que Quavo achou que seria ruim — mas foi um sucesso

Quavo admitiu que inicialmente viu uma de suas músicas como “uma aposta arriscada” — até que se tornou um dos maiores sucessos de Migos. Em entrevista durante o evento ComplexCon, o artista de Atlanta contou que tanto “Taco Tuesday” quanto “Versace” foram consideradas “ruins” por ele e deveriam ficar de fora do lançamento.

Sobre a primeira, ele afirmou: “As pessoas gostaram dessa m*rda. Foi um momento descontraído. Na era da COVID, na quarentena, todo mundo estava fazendo coisas malucas em casa”.

E sobre a segunda faixa, que já acumula quase 30 milhões de reproduções no Spotify: “Eu pensava tipo ‘Versace’ seria algo doido de lançar, porque a gente estava só no estúdio falando ‘Versace, Versace’ como qualquer outro diria ‘Mano, corta isso. O que vocês estão fazendo?'”, relatou Quavo. “Mas aquilo foi o disco que mudou nossa vida, e o Drake entrou nessa música. Então às vezes o seu pior pode ser o seu melhor. Você só tem que atirar sua chance e continuar tentando”.

Ele explicou que a música trazia uma estrutura simples, até com risos no estúdio, e ninguém parecia acreditar que poderia virar um hit global. O uso repetitivo do nome “Versace”, a marca de luxo, e o fluxo triplet que se tornaria assinatura dos Migos estavam ali desde o início, mesmo que o trio tenha subestimado o potencial da faixa.

Lançada em 2013, a canção se tornou o ponto de virada para os Migos atuarem em nível nacional, conquistando as rádios, streaming e atraindo a atenção de grandes nomes como Drake, que participou de um remix.

O começo do trap

O single em questão faz parte do mixtape Y.R.N. (Young Rich Nggas)* (2013). O trabalho reúne 19 faixas, com colaborações de nomes como Gucci Mane, Soulja Boy, Riff Raff e Trinidad James, e foi elogiado pela crítica.

Os Migos são considerados os pioneiros do trap e os principais responsáveis pela popularização do gênero. Esse mixtape e em particular a faixa que eles subestimaram se tornaram peças-chave para o que se transformaria no som dominante do hip hop comercial, abrindo caminho para outros artistas e para o negócio musical que se estruturou ao redor do trap.

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