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Música / VERSÕES

A opinião nada conservadora de Sting sobre outros artistas samplearem suas músicas

Eterno frontman do The Police não é do tipo que proíbe artistas de regravarem ou reaproveitarem suas composições — e a razão vai além da grana

Igor Miranda (@igormirandasite)
por Igor Miranda (@igormirandasite)

Publicado em 18/11/2024, às 18h39

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Sting (Foto: Ethan Miller/Getty Images)
Sting (Foto: Ethan Miller/Getty Images)

Nem todos os artistas gostam que outros colegas regravem ou façam samples de suas composições. Há casos notórios de músicos que não autorizam o reaproveitamento de suas melodias em obras diferentes, sejam covers fiéis ou meras inserções de trechos em novas faixas. Este, porém, não é o caso de Sting.

O lendário vocalista e baixista, notório pelo trabalho com The Police e carreira solo, tem o hábito de liberar sem grandes transtornos suas composições para reutilização. Um dos casos mais célebres — e que recentemente se tornou polêmico — foi o sample de “Every Breath You Take” em “I’ll Be Missing You”, parceria de 1997 do rapper P. Diddy (hoje preso e investigado por ter cometido vários crimes sexuais) com o cantor Faith Evans.

Em 2023, Pink e Marshmello se uniram para uma regravação de “Fields of Gold”, o que levou a reportagem do Los Angeles Times (via Ultimate Guitar) a perguntar a Sting por que a obra dele continua a atrair músicos mais jovens. A resposta passa por uma resposta nada conservadora sobre não negar covers, samples e afins de suas composições.

Inicialmente, ele declarou:

Não tenho ideia (do porquê das músicas ainda atraírem pessoas mais jovens), mas quando alguém quer fazer uma interpolação, ou seja lá como for chamado, eu nunca me oponho.”

Em seguida, o músico britânico apresentou suas razões. Envolve grana no bolso, é claro, mas não só isso.

Com as interpolações, sempre aprendo algo sobre a música que eu não sabia ou não esperava. E eu sou pago, então por que não?”

Por fim, o eterno frontman do The Police apontou que as versões, independentemente do formato em que sejam executadas, fazem com que as obras originais permaneçam novas por mais tempo. Ele pontua:

Isso as mantém atuais. As músicas são organismos vivos. Você tem que continuar dando vida a elas, ou dando a elas novos companheiros.”

Sting e a polêmica parceria com P. Diddy

Somente nos últimos tempos a parceria entre Sting e P. Diddy ganhou contornos realmente polêmicos, visto que as acusações contra o rapper são recentes, enquanto a cessão de “Every Breath You Take” para “I’ll Be Missing You” ocorreu, conforme já mencionado, ainda em 1997. À época, o artista americano assinava como Puff Daddy.

Sting e Sean 'Diddy' Combs (Foto: Kevin Mazur/Getty Images for NARAS)

Durante a mesma entrevista ao Los Angeles Times, Sting foi perguntado se achava que o hit do The Police teria sido, de alguma forma, impactado negativamente por conta de toda a situação. Ele respondeu:

Não. Quer dizer, não sei o que aconteceu. Mas isso não prejudica a música para mim. Ainda é minha música.”

+++LEIA MAIS: Sting diz que acusações contra Diddy não mancharam 'Every Breath You Take'

Igor Miranda (@igormirandasite)

Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.