Elvis Costello destacou como os dois artistas dominam a arte de transformar experiências pessoais em canções
Em uma entrevista no podcast Rockonteurs, Elvis Costello refletiu sobre os desafios da composição e as lições que aprendeu ao longo de sua carreira. Durante o bate-papo, o cantor também falou sobre processos criativos, Costello citou Blood on the Tracks, de Bob Dylan, como exemplo de uma composição que combina vulnerabilidade e criatividade. Segundo ele, Taylor Swift também domina essa habilidade.
Um minuto, parece emoção crua, no próximo é claramente invenção. E isso mantém as coisas interessantes.
Para Costello, Swift, aos 34 anos, segue uma abordagem similar à de Dylan, 83, e Joni Mitchell, 81, ao transformar experiências pessoais em músicas que se conectam com o público.
Ela entende a necessidade de pegar experiências pessoais e garantir que suas músicas sejam relacionáveis para os ouvintes. Há muitos outros exemplos disso, mas ela é a mais bem-sucedida que você pode citar.
Mas é por isso que ela consegue manter a comunicação com seu público dessa forma. Eu sempre soube que não me sentia confortável em simplesmente dizer, tipo: 'Aqui está meu diário. Vamos colocar música nisso.'
Costello também refletiu sobre sua própria evolução como compositor: “Não se trata apenas de pegar seu diário e transformar em música,” disse ele. “A emoção pode surgir em um instante, mas os desdobramentos podem ser tortuosos e, às vezes, pouco interessantes se apenas narrados em tempo real.”
Durante a entrevista, o cantor também falou sobre o relançamento de seu álbum King of America (1986) em edição deluxe, que inclui demos inéditas. Costello explicou como, ao revisitar o trabalho, percebeu que, em certos momentos, suas canções careciam de um elemento essencial de conexão com o público.
Tudo o que eu estava fazendo era recitar coisas que estavam acontecendo comigo. E embora isso possa ser interessante, não necessariamente envolve o ouvinte, porque eles não sabem do que você está falando.