A vida de Lady Gaga em canções: Bruce Springsteen, Carole King e mais
Em nossa nova série de vídeos, a cantora — e recente estrela de capa — se aprofunda na música que trilhou sua vida: “Quando você encontra discos que te ajudam a entender ou se ver, isso é poderoso”.
Angie Martoccio
“Acho que a música que mais me afetou na vida aconteceu bem cedo”, Lady Gaga nos conta. “Sinto que aqueles anos formativos, quando você está descobrindo música pela primeira vez, é quando você é como uma esponja e absorve tudo”. A superestrela do pop, recém-saída de seu álbum Mayhem, se aprofundou em várias delas para a nova série de vídeos My Life in 10 Songs da Rolling Stone.
O vídeo começa com “Thunder Road” de Bruce Springsteen, um destaque de Born to Run (1975) que Gaga “escolheu instantaneamente” para sua lista. “Springsteen me influenciou durante toda a minha carreira”, ela conta ao entrevistador Christopher Kim. “Bruce tinha uma garra e uma alma muito particulares, e quando eu estava fazendo Born This Way, pensei muito sobre como incorporar quem eu realmente sou na minha música, ainda mais do que fiz durante The Fame“. Gaga diz que este último “era mais sobre meu sonho para mim mesma”, enquanto Born This Way era “mais um álbum que olhava para trás, para um período específico da minha vida”.
Ela acrescenta que a música a lembra de seu pai, e que ele costumava tocá-la para ela na sala de estar quando criança. Para ela, a música é sobre “romantizar o passado, mas de uma forma em que você tem essa memória linda de como deixou as coisas irem”.
Em seguida: “Nicotine & Gravy” de Beck, do Midnight Vultures (1999). Gaga diz que o single “realmente falou com quem eu era aos 19 anos vivendo no Lower East Side, e me divertindo com os locais. Eu diria que a forma como mais afetou minha vida é que ver Beck mudar me fez sentir que eu queria mudar”. Ela então escolheu “I Was Born This Way” (1977), do pastor e ativista dos direitos LGBTQ+ Carl Bean, descrevendo como influenciou “Born This Way”, sua música (e álbum) de 2011. “Eu ouvi, e pensei, ‘Me pergunto se há uma maneira de transformar isso em um disco pop moderno'”, ela diz. “A gênese disso deu origem a algo que acho que para mim é o disco mais importante da minha carreira. Não apenas para mim artisticamente, mas pelo que significa”.
Outras escolhas de Gaga incluem “In-A-Gadda-Da-Vida” do Iron Butterfly, “Watch That Man” de David Bowie e “Hey Little Girl”, do Heavy Metal Kids. “Quando você encontra discos que te ajudam a entender ou se ver, ou eles se tornam a trilha sonora de você e seu grupo de amigos, isso é muito poderoso”, ela diz. Ela então mergulhou em alguns clássicos dos anos 70, incluindo “Superstition” de Stevie Wonder (“Definitivamente tive meus momentos em Mayhem em que estava pensando nele”) e “Tapestry” de Carole King (“Sua voz e suas canções são como um abraço acolhedor”).
Gaga então foi para os anos 50, escolhendo duas joias que foram lançadas em 1959: “What a Diff’rence a Day Makes” de Dinah Washington e “So What” de Miles Davis. Ela também descreveu seu amor por clássicos do rock, como “Sympathy for the Devil” dos Rolling Stones e “Thank You” do Led Zeppelin. “Foi meio que aprender que o deus do rock & roll inatingível poderia realmente te amar”, ela diz sobre esta última. “Que havia um ser humano por baixo da lenda de tudo isso. Essa ideia de drama e teatralidade na música, e então sinceridade. Acho que essas foram duas coisas que meio que fazem yin-yang para mim”.

Gaga conclui com “Tear You Apart” do She Wants Revenge, “Never Enough” do The Cure e — sua 15ª escolha — “Stress” do Justice. “Isso é mais de dez”, ela brinca. “E eu poderia continuar sem parar”.
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