Caso de abuso sexual contra menor de idade foi arquivado após própria vítima remover ação
Equipe jurídica de Bob Dylan quer "sanções monetárias" aos advogados responsáveis pelo processo aberto contra o cantor. A acusação era de abuso de uma mulher em 1965, quando ela tinha 12 anos.
Orin Snyder, líder da equipe de Dylan, escreveu carta a um juiz federal reclamando da postura de Daniel W Isaacs e Peter J Gleason, advogados da mulher identificada como JC. "Não deveriam ter trazido esta ação - acusando Dylan de um crime hediondo - se não tinham intenção de litigar," afirmou (via The Guardian).
Snyder acusou os advogados de se contradizerem sobre as próprias provas: "Eles não conseguiram produzir os documentos que deveriam ter e revisar antes mesmo de começar este processo. Muitos dos documentos que vimos, incluindo e-mails com terceiros que o advogado nem se preocupou em entrevistar, contradizem as alegações."
Embora não tenha especificado, a compensação financeira requerida pode se tratar das despesas legais de Bob Dylan durante o processo.
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A acusação alegava que Bob Dylan teria ocorrido no quarto do cantor no Chelsea Hotel, em Nova York entre abril e maio de 1965, quando o músico teria entre 23 e 24 anos. O caso foi originalmente arquivado na Suprema Corte do Estado de Nova York em 13 de agosto de 2021.
O processo alegava que Dylan "explorou seu status de músico ao preparar JC para ganhar sua confiança e obter controle sobre ela como parte de seu plano de molestar e abusar sexualmente de JC".
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Alegou ainda que Dylan pretendia “reduzir suas inibições com o objetivo de abusar sexualmente dela, o que ele fez, juntamente com o fornecimento de drogas, álcool e ameaças de violência física, deixando-a emocionalmente marcada e psicologicamente danificada até hoje”.
Após as acusações, a equipe jurídica de Dylan confirmou a “impossibilidade cronológica” dos fatos, uma vez que o artista não estava em Nova York durante o suposto período. Em resposta, a mulher atualizou seu processo alegando que o suposto abuso ocorreu durante "vários meses na primavera de 1965”.
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O caso foi arquivado, pois a vítima não entregou provas (e-mails e mensagens de texto) no prazo estabelecido pelo tribunal e preferiu retirar ação.