Músico foi parceiro de Vinicius de Moraes, entre outros artistas, e escreveu sucessos como "Coisa Mais Linda", "Primavera" e "Você e Eu"
O cantor e compositor Carlos Lyra, que trabalhou com artistas como Vinicius de Moraes e Ronaldo Bôscoli, morreu na madrugada deste sábado (16), no Rio de Janeiro, aos 90 anos. Ele havia sido internado com febre na última quinta-feira (14), mas a causa da morte não foi revelada. Nas redes sociais, artistas e amigos como Gilberto Gil, Wanda Sá e Toquinho homenagearam o músico:
"Triste com a notícia da partida de Carlos Lyra, que nos deixa aos seus 90 anos com um legado extraordinário. Um forte abraço em toda a família e amigos", escreveu Gil na legenda de um vídeo em que canta "Saudade Fez um Samba", música de Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli, na Academia Brasileira de Letras, na última quinta-feira (14).
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"Perdemos Carlos Lyra, o melhor melodista da música brasileira", escreveu Toquinho. "Compositor de clássicos fundamentais, foi o grande responsável por trazer vozes como as de Zé Keti e João do Vale pro show Opinião, na época com Nara Leão, rompendo preconceitos 'bossanovistas', que nunca nem João, Vinicius e Tom tiveram. Fica em paz, meu querido amigo Carlos Lyra."
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"Sem palavras... Descanse em paz, mestre querido. Todo o meu carinho para Magda Botafogo [esposa de Carlos Lyra] e toda a família", escreveu o cantor, compositor e guitarrista.
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"Meu querido Carlinhos, meu mestre, meu parceiro de tantos palcos pelo mundo. Obrigada pela música, pelos acordes, pela bossa nova e pela nossa amizade de 60 anos. Vou te homenagear para sempre. Beijos da sua Wandinha", escreveu a cantora Wanda Sá.
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Revelado na voz de Sylvia Telles (1935-1966), que gravou a sua primeira composição, "Menino", em 1956, Lyra foi um dos maiores compositores da bossa nova. Dentre os seus sucessos estão "Coisa Mais Linda", "Primavera", "Você e Eu", "Sabe Você" e "Coisa Mais Linda".
Em 1959, ele lançou o seu primeiro álbum, "Bossa Nova". Além do trabalho na música, Lyra também foi um grande difusor da cultura brasileira, sendo um dos responsáveis por fundar o Centro Popular da Cultura (CPC), da União Nacional dos Estudantes, em 1961.
Em 2023, foi homenageado no álbum coletivo "Afeto", que contou com a participação de nomes como Caetano Veloso, Djavan, Fernanda Abreu, João Donato, Joyce Moreno, Lulu Santos, Mart'nália, Leila Pinheiro e Ney Matogrosso.