As críticas de Priscilla Presley ao casamento de Michael Jackson com a filha Lisa Marie

Revelações íntimas emergiram de duas memórias familiares: a autobiografia póstuma de Lisa Marie Presley, From Here to the Great Unknown, e o próximo livro de sua mãe, Priscilla Presley, Softly, As I Leave You: Life After Elvis. Juntas, essas obras lançam uma luz sem precedentes sobre um dos casamentos mais polêmicos e enigmáticos da história do entretenimento.

O relacionamento entre Lisa Marie Presley e Michael Jackson, que culminou em matrimônio em maio de 1994 quando ela tinha 25 anos e ele 35, nunca foi bem visto pela matriarca da família Presley. O casal permaneceu casado por pouco mais de dois anos, finalizando o divórcio em 1996. Em suas memórias, Priscilla Presley não economiza palavras ao descrever sua reação: “Eu fiquei horrorizada com o casamento”. A ex-esposa de Elvis revela que, desde o início, suspeitava das verdadeiras intenções do astro pop.

“Eu sabia em meus ossos que Michael não estava se casando com Lisa Marie; ele estava se casando com a dinastia Presley“, escreve Priscilla com uma franqueza cortante. Para ela, o timing não era coincidência: Jackson enfrentava sérias acusações de abuso sexual infantil que surgiram em 1993, apenas um ano antes do casamento. A desconfiança materna se aprofundava na percepção de que Jackson buscava “boa publicidade” em meio às alegações. “Michael era um homem manipulador, e eu acho que ele tinha os olhos postos nela muito antes dela perceber isso. A inocência infantil que ele projetava fazia parte de sua máscara pública”, relata Priscilla.

A revelação mais chocante vem da própria Lisa Marie, que em sua autobiografia póstuma compartilha detalhes íntimos sobre sua vida sexual com Jackson. Lisa Marie afirma que Michael Jackson lhe disse que “ainda era virgem” quando começaram a namorar, aos 35 anos de idade. “Eu estava aterrorizada porque eu não queria fazer o movimento errado”, confessa Lisa Marie sobre sua reação à revelação.

O relacionamento havia se desenvolvido gradualmente, eles se conheceram quando eram jovens, mas só se reconectaram em 1993, quando Lisa Marie estava casada com Danny Keough. Foi durante uma viagem a Las Vegas que Jackson decidiu confessar seus sentimentos. “Michael disse: ‘Eu não sei se você notou, mas eu estou completamente apaixonado por você. Eu quero que nos casemos e que você tenha meus filhos'”, relembrou Lisa Marie.

Jackson teria compartilhado com ela detalhes sobre suas experiências românticas extremamente limitadas. “Ele me disse que ainda era virgem. Eu acho que ele havia beijado Tatum O’Neal, e ele teve uma coisa com Brooke Shields, que não havia sido física além de um beijo. Ele disse que Madonna tinha tentado ficar com ele uma vez também, mas nada aconteceu”, revelou Lisa Marie em suas memórias.

A preocupação de Priscilla era tão profunda que ela chegou a questionar diretamente sua filha sobre a intimidade do casal. “Eu perguntei a ela se eles tinham um relacionamento físico. Como muitas pessoas, eu não tinha certeza. Ela disse que sim”. O comportamento de Jackson em eventos familiares também levantava suspeitas. Priscilla observou que ele evitava encontrá-la e preferia passar tempo com crianças em vez dos adultos durante as reuniões familiares.

Quando Lisa Marie finalmente pediu o divórcio em 1996, a reação de Priscilla foi de puro alívio. “Eu podia praticamente ouvir Elvis suspirar de alívio”, escreve ela, sugerindo que até mesmo o espírito do Rei do Rock’n’Roll teria aprovado o fim daquela união.

Riley Keough, filha de Lisa Marie e neta de Elvis, oferece uma perspectiva diferente sobre esse período. Em janeiro deste ano, ela revelou que foi mantida completamente no escuro sobre as alegações de abuso contra Jackson durante o casamento de sua mãe. “Nunca me disseram nada sobre as alegações. Não sabíamos de nada. Não tínhamos consciência disso”. Para Riley, que presenciou o relacionamento de perto, havia uma verdade inegável: “A única coisa que eu sei é que eles se amavam, e que o amor deles um pelo outro era genuíno, porque eu estava lá e me lembro”.

O memoir de Lisa Marie foi concluído por Riley utilizando gravações que a mãe havia feito antes de sua morte prematura em janeiro de 2023, aos 54 anos, devido a complicações de longo prazo de uma cirurgia bariátrica. “Eu espero que, em uma circunstância extraordinária, as pessoas se relacionem com uma experiência muito humana de amor, desamor, perda, vício e família”, explicou Riley sobre o propósito do livro. “Minha mãe queria escrever um livro na esperança de que alguém pudesse ler sua história e se relacionar com ela, para saber que não estão sozinhas no mundo”.

Riley também refletiu sobre o constante escrutínio que sua mãe enfrentou por ser filha de Elvis: “Porque minha mãe era filha de Elvis Presley, ela era constantemente comentada, discutida e dissecada. O que ela queria fazer em suas memórias, e o que espero ter feito ao terminá-las para ela, é ir além da ideia das manchetes de revista sobre ela e revelar o núcleo de quem ela era”.

+++ LEIA MAIS: Mark Ronson relembra festa em quarto de Michael Jackson aos 13 anos
+++ LEIA MAIS: O indício de que cinebiografia de Michael Jackson já estaria ‘amaldiçoada’