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Música / Saudades

Beatles: Paul McCartney diz que John Lennon ainda o inspira nas letras

Paul McCartney também relembrou como John Lennon era um homem 'sarcástico' e 'espirituoso'

Paul McCartney e John Lennon (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)
Paul McCartney e John Lennon (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)

Integrante de uma das maiores parcerias da história da música, Paul McCartney revelou como John Lennon, ex-colega de Beatles que morreu aos 40 anos em 8 de dezembro de 1980, ainda o inspira quando vai compor letras.

Em episódio de McCartney: A Life In Lyrics (via Music News), podcast de 12 capítulos, o lendário cantor e compositor relembrou o relacionamento com Lennon. "Muitas vezes eu me questiono… 'O que John pensaria disso? Ele teria pensado que era muito sentimental.' Então vou mudar isso," afirmou.

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Em seguida, McCartney comentou sobre a química criativa que tinha com Lennon: "Essa interação foi milagrosa. Você não tem tanto esse elemento oposto [agora]. Eu preciso fazer isso sozinho." Além disso, ele relembrou como o colega de banda era um homem “sarcástico” e “espirituoso,” responsável por usar o próprio humor e insultos para se proteger da verdadeira personalidade.

A personalidade de John era muito cautelosa, irremediavelmente cautelosa. É daí que veio toda a inteligência dele. Como tantos comediantes, é para se proteger do mundo.

"John tendo uma educação muito difícil – o pai dele sai de casa, o tio morre e a mãe é morta – ele poderia ser muito sarcástico. Todos nós poderíamos, foi a minha maneira de lidar com a morte da minha mãe," continuou Paul McCartney. "Muitas vezes havia uma crítica muito espirituosa. Nem sempre seria uma crítica, mas era sempre uma resposta muito rápida, e ele se treinou para fazer isso. Essa era uma das coisas atraentes sobre ele."

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Por fim, o cantor falou sobre uma interação com John Lennon: "Lembro-me dele me dizendo: 'Paul, preocupo-me em como as pessoas vão se lembrar de mim quando eu morrer.' Isso me chocou e eu respondi: 'Espere aí. As pessoas vão pensar que você foi ótimo.' Eu era como um padre para ele. Eu diria: 'Meu filho, você é ótimo.' Isso o faria se sentir melhor."