Para Brian Eno, quem vende NFTs não deveria escolher a carreira artística; veja críticas do músico
Brian Eno, um dos principais nomes da música ambiente, criticou a venda de NFTs por artistas. A sigla significa Token Não Fungível (Non-Fungible Token em inglês) e representa itens autenticados de forma digital, negociados por meio de criptomoedas. Dentre as peças vendidas, estão desenhos, músicas e até entrevistas - como aconteceu com material raro dos Beatles.
O músico recebeu propostas para entrar neste mercado, mas nada pareceu "valer a pena." Eno destacou como a arte deve agregar valor ao mundo, não apenas às contas de banco, e a crítica se estendeu a escolha da profissão dos músicos que vendem NFTs: "Se precisasse ganhar dinheiro, escolheria outra carreira, como outro tipo de pessoa. Não seria artista," afirmou ao The Crypto Syllabus (via NME).
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Apesar da visão negativa, Brian não descartou mudar de ideia em futuro próximo. Alguns amigos do multi-instrumentista participam de negociações e veem os projetos como boas oportunidades.
No momento, os "NFTs são um caminho para artistas aproveitarem fatias do capitalismo global," segundo Eno. "Que lindo, os músicos podem virar pequenos c***** capitalistas também," completou.
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Em setembro deste ano, entrevistas raras dos Beatles foram leiloadas como NFTs. Dentre os itens vendidos, estavam trechos separados de conversas com Paul McCartney (Chaos And Creation In The Backyard), John Lennon (A Day In The Life), George Harrison (Abbey Road) e Ringo Starr (His Lost Medallion). Cada token contém um clipe com um áudio e uma arte única de um dos integrantes.
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