Resenha

Capítulo especial: Céu canta Novela em apresentação quente em SP

A cantora e compositora paulistana fez o show de lançamento de seu último álbum, Novela (2024) na Audio na última sexta, 9

Pedro Figueiredo (@fedropigueiredo)

Publicado em 10/08/2024, às 15h52
Céu na capa de Novela (Imagem: Divulgação)
Céu na capa de Novela (Imagem: Divulgação)

Não há chuva ou frio que impeçam Céu de levantar o astral da noite. Sua novela é sempre quente. A cantora e compositora paulistana se apresentou na última sexta, 9 em São Paulo, com a turnê do disco mais recente, Novela (2024).

A noite começou com Adrian Younge, compositor, arranjador e produtor musical norte-americano — que assina a produção ao lado de Pupillo — discotecando para aquecer a plateia e dar o tom da noite. Como se isso não fosse especial o bastante, Carlos Dafé apareceu no palco e anunciou que ele e o produtor preparam surpresas.

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Céu, então subiu ao palco. A entrada da artista, ainda nas primeiras notas de "Raiou" fizeram com que os gritos do público preenchessem o ambiente. O vestido vermelho, a dança despretensiosa, ela estava em casa e nada pode ser mais especial que isso. 

Se o disco passa uma energia que aquece, o espetáculo não fica atrás. Em conversa anterior com a Rolling Stone Brasil, Céu havia prometido uma apresentação cheia de "quentura, vulnerabilidade e emoção." Ela entregou isso e muito mais.

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Ainda no primeiro bloco, ela relembrou o início da carreira artística, quando se entendeu compositora. Para celebrar, ela cantou o hit "Malemolência," do autointitulado Céu (2005) — que projetou a cantora para o mundo e completa duas décadas no próximo ano. A canção ganhou um toque especial com o mashup de "Mora na Filosofia," de Caetano Veloso, que integra o clássico Transa (1972).

Em Novela, o dueto "Gerando na Alta," é cantado com a cantora e compositora franco-senegalesa radicada em Londres Anaiis. Para o show em São Paulo, Céu trouxe Liniker ao palco. As duas mostraram que não só tem uma sintonia elegante, como deixaram um gosto de quero mais na plateia, que a dobradinha se repita mais vezes.

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Céu também passeou por Tropix (2016) entoando as ótimas "Arrastar-te-ei" e "A Nave vai," e trazendo para perto de si o público fiel que a acompanha também há quase duas décadas. Outros pontos altos foram as performances de "Into My Novela," "Mucho Ôro" e "High na Cachu."

O último bloco do show trouxe os produtores ao palco. Younge e Pupillo assumindo respectivamente guitarra e bateria para uma performance alucinante de "Reescreve." Céu trouxe o hit "Varanda Suspensa" para o encerramento. Como a própria cantora já havia dito, essa é a música que não pode ficar de fora das apresentações e quem estava na Audio na última sexta entendeu o motivo. A saideira foi o bis de "Cremosa," acompanhada da coreógrafa Monica Delic

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Céu e sua novela seguem na estrada com um dos shows mais legais e interessantes do ano. Quando vierem novamente a São Paulo, aconselho: vale a pena ver de novo.