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Música / FESTIVAL

Carlinhos Brown reflete sobre vaias no Rock in Rio dias antes de retorno ao festival: 'Foi necessário'

O músico foi vaiado durante o evento em 2001 e está no line-up da edição deste ano

Redação Publicado em 06/09/2024, às 15h10

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Carlinhos Brown (Foto: Reprodução/Instagram)
Carlinhos Brown (Foto: Reprodução/Instagram)

Carlinhos Brown superou o Rock in Rio III e voltará ao festival neste mês. Na edição de 2001, o músico foi vaiado e atingido por objetos arremessados pela plateia rockeira. Mais de 20 anos depois, ele disse em entrevista à Splash que o episódio "foi necessário":

Que bom que foi comigo e que tive coragem, porque não aconteceu só comigo. [...] Também sou agradecido por aquele momento, porque poucas pessoas me conheciam. Fico muito mais atento hoje ao fato de que naquilo havia um discurso. Esse discurso do escárnio, das garrafas, é apenas uma cena a se ver. Eu vejo filosoficamente que aquilo foi necessário para mim, para o Rock in Rio e para o público, para a gente se entender mais. E hoje chamam de cancelamento.

Carlinhos voltou aos palcos do evento em edições internacionais e como convidado. Em 2024, ele se apresentará no Dia Brasil — 21 de setembro —, no show "Pra Sempre MPB", ao lado de BaianaSystem, Daniela Mercury, Gaby Amarantos, Majur, Margareth Menezes e Ney Matogrosso.

Para o artista, o festival sempre abraçou a mescla de ritmos: "Tudo isso se amadureceu. [...] O próprio Medina fala que não fez o Rock in Rio para ser só rock. Ele fez para ser tudo".

"O Rock in Rio falava de um mundo melhor. E era necessário [acontecer isso], porque um evento como aquele disciplinava também outros festivais, com essa compreensão de que nós estamos no Brasil e nós podemos falar a língua que quiser e convidar quem quiser", continuou.

A música brasileira é diversa, e precisa se mostrar diversa. Essa ideia de nichos, essa coisa de bola da vez, interfere bastante no criativo do Brasil. [...] O Brasil é diverso e o público curte tudo. O ouvido do brasileiro não é monotemático, é muito aberto. É uma noite que vai brilhar muito, porque a gente vai ouvir ali um pouco de Brasil em cada artista.

O integrante dos Tribalistas ainda exaltou a novidade do Rock in Rio, que nunca teve um Dia Brasil, e falou sobre suas expectativas para o show: "Graças a Deus, de 20 anos para cá, o que não me falta são hits para botar a turma cantando junto. Espero que eles venham comigo e que isso vai ser lindo, vai ser muito lindo. Fiquei bastante empolgado com essa possibilidade, porque eu adoro ineditismo. Estou muito feliz de poder fazer essas coisas e de poder estar junto nesse dia no Rock in Rio."

É bonito, tem uma mídia enorme, e acho que é importante que festivais como esse aconteçam. É um festival que tem um alcance de comunicação gigantesca, embora nós tenhamos festivais aqui no Nordeste com números de audiência muito maiores, mas que não têm o mesmo approach, não têm a mesma visão que as pessoas têm. [...] A música mundial passou pelo Rock in Rio, e isso é lindo. É bom estar no Rock in Rio, e é bom ter um dia voltado à música brasileira. É sinal de que amadurecemos.