“MEU CARECA”

Casaria? A curiosa opinião de Alcione sobre Alexandre de Moraes

Cantora já declarou admiração pelo ministro do Supremo Tribunal Federal em mais de uma ocasião; desta vez, foi ainda mais direta

Redação

Publicado em 27/03/2025, às 11h45
Alcione e Alexandre de Moraes - Fotos: Buda Mendes e Andressa Anholete / Getty Images
Alcione e Alexandre de Moraes - Fotos: Buda Mendes e Andressa Anholete / Getty Images

Alexandre de Moraes esteve no radar público nos últimos anos devido ao seu trabalho como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O jurista, que já presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é relator de inquéritos sobre fake news e milícias digitais, contemplando também investigações a respeito dos ataques e invasões a patrimônio público em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.

Não há como negar que a atuação de Moraes polariza a opinião pública entre apoiadores e detratores. Ainda assim, uma demonstração de apreço por parte de Alcione fugiu do convencional.

Durante show em São Paulo no último fim de semana (via F5), a cantora de 77 anos se declarou fã do magistrado de 56, conhecido nas redes sociais como “Xandão”, e cravou: teria casado com ele. Vale destacar que Moraes tem esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, e três filhos desta união.

Antes de interpretar a música “Faz uma Loucura por Mim”, a Dama do Samba afirmou:

“Adoro nosso ministro Alexandre de Moraes. Sempre falei para a minha irmã que, se tivesse conhecido ele há mais tempo, eu tinha casado com ele. Eu sou fã do ministro.”

Não é a primeira demonstração de carinho por parte de Alcione. Em 2024, durante apresentação em Brasília, a artista se declarou ao ministro do STF enquanto também puxou coro para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela disse:

“Qual é o nome do meu ministro? Alexandre de Moraes, meu careca. Gosto muito dele.”

Voto de Alexandre de Moraes decisivo em denúncia contra Bolsonaro

De acordo com a Agência Brasil, o voto de Alexandre de Moraes foi decisivo para os ministros da Primeira Turma da Corte tornarem réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete acusados do núcleo crucial da denúncia sobre a trama golpista para impedir o terceiro mandato do presidente Lula.

Por unanimidade, os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, da Primeira Turma do STF, acompanharam o voto de Moraes, que é relator do caso.

Em sua manifestação, Alexandre de Moraes afirmou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) cumpriu os dispositivos legais e demonstrou os indícios de que o ex-presidente e seus aliados podem ter cometido os crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

É a primeira vez que um ex-presidente eleito é colocado no banco dos réus por crimes contra a ordem democrática estabelecida com a Constituição de 1988. Esses tipos de crime estão previstos nos artigos 359-L (golpe de Estado) e 359-M (abolição do Estado Democrático de Direito) do Código Penal brasileiro.

“Não há então dúvidas de que a procuradoria apontou elementos mais do que suficientes, razoáveis, de materialidade e autoria para o recebimento da denúncia contra Jair Messias Bolsonaro”, disse o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, referindo-se à acusação apresentada no mês passado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O relator votou para que Bolsonaro também responda, na condição de réu no Supremo, aos crimes de organização criminosa armada, dano qualificado pelo emprego de violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Se somadas, todas as penas superam os 30 anos de cadeia.

Os oito réus compõem o chamado “núcleo crucial” do golpe, entre as 34 pessoas que foram denunciadas. São eles:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Aceita a denúncia, os oito acusados passam à condição de réus, respondendo a uma ação penal no Supremo pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Com a abertura do processo criminal, os advogados poderão indicar testemunhas e pedir a produção de novas provas para comprovar as teses de defesa. Com o fim da instrução do processo, o julgamento será marcado, e os ministros vão decidir se o ex-presidente e os demais acusados serão condenados à prisão ou absolvidos.

Não há data definida para o julgamento, que depende do andamento da instrução processual. Até lá, os réus devem responder ao processo em liberdade. Conforme entendimento do próprio Supremo, qualquer prisão para cumprimento de pena só deve ocorrer após o trânsito em julgado da ação penal. Isto é, quando não for mais possível apresentar nenhum recurso contra eventual condenação.