Cantora é uma gigante do pop e vendeu mais de 100 milhões de discos ao longo da carreira, mas tem críticas à sua performance
Publicado em 23/11/2023, às 16h01
Cherilyn Sarkisian, mais conhecida como Cher, se consolidou ao longo dos anos como uma das maiores cantoras pop de todos os tempos. Na ativa desde a década de 1960, a artista percorreu vários gêneros musicais e vendeu mais de 100 milhões de discos, além de ter apresentado um programa de TV que tinha mais de 30 milhões de espectadores semanais.
Por incrível que pareça, uma artista com feitos tão impressionantes não gosta de sua própria voz. Em entrevista à Paper, ela contou que acha sua voz “estranha” e que não se define como uma “fã de Cher”.
Ao explicar as razões, a lendária cantora surpreendeu:
“Eu nunca gostei tanto da minha voz. Se eu pudesse escolher, provavelmente teria outra, mas não tive escolha. Eu tenho a voz da minha mãe. É estranha. Não parece um homem, não parece uma mulher. Estou em algum lugar mais intermediário.”
Em seguida, Cher contou que acredita ter um “estilo estranho” de cantar. Sendo mais específica, ela contou que não pronuncia as letras “R” quando não consegue segurar alguma nota.
“Eu tenho um estilo estranho. Eu faço o que você faz quando não consegue segurar uma nota: não pronuncio meus R’s. Acho que algumas consoantes são difíceis de cantar, então só opto por deixá-las abertas.”
Apesar de não gostar da própria voz, Cher não é do tipo que fica reclamando. Até porque há milhões de pessoas no mundo todo que adoram. Não é ela quem vai contestar, não é verdade?
Ainda durante a entrevista, a artista destacou que há uma ligeira diferença entre sua voz e a da mãe: “a dela é mais suave, a minha tem mais ousadia”. Já ao refletir sobre a reação do público a seus trabalhos ao longo das décadas, ela comentou:
“Fiz tantos álbuns, e alguns dos que achei tão bons quanto eu poderia gostar de um álbum meu não fizeram sucesso. E então outros com os quais eu não estava tão animada acabaram fazendo. Mas minha carreira tem sido assim [faz um movimento para cima e para baixo].”
Algumas de suas canções que tiveram recepção surpreendente foram “Song for the Lonely” e “You Haven’t Seen the Last of Me”. Ela também destacou “Walking in Memphis”. Ela completa:
“Achei Closer to the Truth um álbum muito bom, mas simplesmente não rolou. Sim, há músicas que eu gosto, mas não faz diferença porque não é o que eu gosto, é o que as pessoas gostam.”
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.