Chris and the Queens traz ópera electrorock a São Paulo: “experiência de luto”

Com apresentação única no C6 Fest nesta sexta-feira (19), multi-artista francês encarna anjo em cena

Por Ali Prando (@aliprando.exe), a convite da Rolling Stone Brasil

Publicado em 19/05/2023, às 11h37
Chris (Paul Kooiker)
Chris (Paul Kooiker)

O cantor e compositor Chris and the Queens realiza show no Brasil pela primeira vez nesta sexta-feira, dia 19. O multi-artista francês apresenta sua ópera electrorock no palco da C6 Fest em São Paulo, num show focado em PARANOÏA, ANGELS, TRUE LOVE, seu mais novo, e ainda inédito, trabalho. O álbum é produzido por Mike Dean, engenheiro de som que trabalhou com os nomes mais exigentes da indústria da música, assinando Lemonade de Beyoncé, Rebel Heart de Madonna, e 808 and a Heartbreak de Kanye West. “Trabalhar com Mike foi mágico”, enfatiza Chris.

Chris (Paul Kooiker)
Chris (Paul Kooiker)

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"Esse show é uma apresentação que comecei a criar do zero, com poesias improvisadas entre as músicas. Com a minha experiência de luto, passei por um período difícil, chorando muito, pedindo ajuda aos anjos. Depois de ter assistido Angels in America, fiquei fascinado com o conceito da possibilidade de fazê-los aparecer", reflete sobre a montagem de seu show.

De tom denso, teatral e shakespeariano, Chris promete demonstrar toda sua versatilidade enquanto artista, sob sintetizadores assertivos e banda afiada, refletindo acerca do luto em relação a sua mãe e também suas experiências enquanto homem trans: "Sou um homem de palavra", ele diz sentado à mesa em entrevista, citando George Michael, Freddy Mercury e Marvin Gaye como inspirações. "O palco é a minha vida", sintetiza o cantor.

Chris (Paul Kooiker)
Chris (Paul Kooiker)

PARANOÏA, ANGELS, TRUE LOVE, o sucessor de Redcar les adorables étoiles (prologue), será lançado no dia 9 de junho via Because Music. Até então, Chris lançou os singles “To be honest”, “True Love” com 070 Shake, e “Tears can be so soft”, com videoclipe assinado por ele mesmo, onde entoa a sua própria cura sob 808 beats minimalistas: “As lágrimas podem ser tão boas para quem nelas mergulha , deixe-as correr em minhas bochechas. Eu quero mais tempo, as lágrimas são tão suaves quando você mergulha nelas... Deixe-os navegar”. 

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