Conheça Arthurzim, artista que mistura trap com piseiro: 'minha arte não se limita'
O cearense lançou nesta quinta, 30, MIXTRAPISEIRO, que passeia entre os gêneros com participações de WIU, Henry Freitas, Felipe Amorim e Rogerinho
Pedro Figueiredo (@fedropigueiredo)
Publicado em 31/01/2025, às 17h13
O trap e o piseiro são dois dos gêneros musicais mais populares do momento. O primeiro, derivado do rap mais tradicional, revelou toda uma geração de artistas. Já o segundo, popular na região do Brasil, vem cada vez mais ganhando força em outras regiões do Brasil.
No meio disso, o cantor cearense Arthurzim, juntou o que há de mais forte nas batidas de um e na brasilidade de outro para construir a própria identidade musical. O resultado disso é Mixtrapiseiro (2025), mixtape com 11 faixas lançado por ele nesta quinta, 30, que conta com produção de Ednobeat e participações de nomes como WIU, Henry Freitas, Felipe Amorim e Rogerinho. A Rolling Stone Brasil conversou com o artista para entender como o projeto nasceu, veja a entrevista abaixo.

Rolling Stone Brasil: De onde veio a ideia de misturar trap com piseiro?
Arthurzim: Em alguns sons mais antigos eu já utilizava alguns elementos do forró, como na faixa “Sertão”, e notei que o piseiro trazia uma vibe pra cima muito parecida com o trap nos shows. Então, com o projeto Allvibes, da 3X records, meu selo, a gente lançou essa mistura e o público abraçou a ideia muito bem!
RS: Quais são os pontos fortes de cada um desses gêneros?
A: Tanto o trap quando o piseiro atual trazem uma mistura de elementos eletrônicos nas suas bases e os dois em sua maioria abordam temas parecidos, são músicas na maioria das vezes pra rolê que a tem uma vibe animada e isso acaba deixando a mistura muito natural.
RS: E como foi o processo de produção de MIXTRAPISEIRO?
A: Várias noites viradas no estúdio, mas apesar de cansativo foi divertido, era literalmente como estar em outro mundo, estar em um estúdio com manos tocando sanfona, baixo, etc… uma parada que não é tão comum no trap, mas que foi um momento de aprendizado.
RS: Como você chegou nos nomes que colaboram com você neste disco?
A: Fluiu de forma natural. Eu já escutava cada um que tá ali comigo no projeto, então apresentei a mixtape e a ideia, os manos curtiram, abraçaram e em algumas semanas já estávamos no estúdio botando a voz.
RS: A mistura de trap e piseiro se tornará uma tendência na sua opinião?
A: Talvez sim ou talvez não, mas na minha visão a gente já deu um grande passo que foi furar a bolha da aceitação, há uns anos quando alguém tentava sair um pouco do padrão as críticas eram constantes e hoje em dia você vê vários artistas, até mesmo os que não são do nordeste, fazendo essa wave ou algo parecido e o principal o público começou a abraçar mais essa mistura de estilos musicais.
RS: Pretende explorar outras misturas de ritmos?
A: Com certeza, essa mixtape teve várias intenções e uma delas é mostrar ao meu público que eu não me prendo a um único estilo, sou um artista e eu amo fazer música, independente do gênero musical. Hoje tô fazendo trap com piseiro, mas amanhã posso tá lançando um reggae ou um funk, enfim, minha arte não se limita a um estilo específico.