Vocalista revelou em entrevista que não descarta possibilidade, mas impôs uma condição para que isso eventualmente ocorresse
Publicado em 03/01/2024, às 11h25
O sucesso conquistado pelo Måneskin nos últimos anos é impressionante. A repercussão internacional obtida com a versão de “Beggin’”, música original do Four Seasons, expôs ao estrelato Damiano David (voz), Victoria De Angelis (baixo), Thomas Raggi (guitarra) e Ethan Torchio (bateria).
A partir daí, várias possibilidades se mostraram para o quarteto, seja de forma individual ou coletiva. Na maior parte das vezes, os italianos aproveitam as oportunidades em grupo, visando potencializar a banda. Porém, de forma natural, os músicos podem acabar considerando trabalhar em algum projeto solo.
É o que aponta David em entrevista ao Allison Hagendorf Show (via site Igor Miranda). Embora garanta que seu foco completo no momento é o Måneskin, o cantor não descarta algum experimento fora dos domínios de sua banda. De início, ele declarou:
“Por que não? Acho que pode ser uma coisa muito saudável e, ao mesmo tempo, muito destrutiva.”
Em seguida, Damiano apontou a condição para que considere um trabalho em paralelo: justamente a anuência de seus colegas.
“A única coisa que importa é como entrar em acordo com a banda, pois foi o que me deu tudo o que tenho. E se algum dia tiver a chance de fazer um projeto solo, tenho que ter em mente que é graças a tudo que fiz em grupo. Essa é a minha base. É de onde eu venho. Foi onde me desenvolvi como artista.”
O vocalista reforçou que não estaria onde está atualmente sem o trio que lhe acompanha.
“Acima de tudo, são três pessoas que sempre me apoiaram. Tenho esse escudo da minha banda, dos meus músicos. Se eu estragar tudo, eles vão me salvar. Se eles fizerem m*rda, vou salvá-los.”
Em outra entrevista, à Classic Rock (via site Igor Miranda), Damiano David refletiu sobre as razões que levam o Måneskin a ser uma banda famosa. Para ele, o vínculo com o rock, produzido de forma analógica em meio a tantos outros gêneros dominados por elementos eletrônicos, permitiu que o grupo italiano despontasse.
“Se nós falamos sobre música analógica nos últimos dez anos, acho que preenchemos um lugar que estava vazio. Além disso, nossa performance ao vivo. Vemos cada vez menos performance de verdade e mais backing tracks e sets de DJ. Talvez com o Eurovision, pessoas viram que estávamos tocando de verdade. Éramos só nós quatro, com um monte de barulho e música. Acho que é isso que nos destaca, que nos faz diferentes da maioria de artistas mainstream.”
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.