Damon Albarn fala sobre álbum que quase gravou com David Bowie e Ray Davies

Damon Albarn, vocalista do Gorillaz, revelou em detalhes a história de um projeto musical que “quase” se concretizou no final dos anos 90, unindo três das vozes mais influentes do rock britânico: ele próprio, David Bowie e Ray Davies, do The Kinks. O músico falou sobre em entrevista ao apresentador Dan O’Connell na Radio X na última quarta, 12 de novembro, onde promovia o novo álbum do Gorillaz, The Mountain.

Questionado sobre quais seriam seus colaboradores favoritos na música, Albarn citou nomes como De La Soul, Bobby Womack, Fatoumata Diawara e Dennis Hopper. Mas também incluiu nomes que gostava de trabalhar antes do Gorillaz, como David Bowie e relembrou a oportunidade única que acabou sendo perdida. Ele afirmou que, por cerca de “24 horas, muitos anos atrás,” ele estava gravando um disco com David Bowie e Ray Davies, um projeto que “não aconteceu”.

O também vocalista do Blur já havia tocado no assunto anteriormente. Em 2012, ele havia contado ao The Quietus sobre o álbum perdido, reiterando a história em 2021 e acrescentando que o disco era “realmente algo sério que íamos fazer”.

Confira o episódio completo:

O motivo do cancelamento se deu por uma questão de agenda e sucesso: o próprio Bowie optou por priorizar as turnês. Albarn contou que Bowie o chamou ao seu bastidor enquanto se apresentava na Suíça e disse: “Bem, vamos fazer isso, mas se esta turnê continuar indo tão bem quanto está, então continuarei em turnê”. A turnê continuou com sucesso, e o álbum foi arquivado. Albarn disse lamentar a perda do projeto, afirmando que “só consegue imaginar como teria soado”.

Albarn citou Bowie como uma influência fundamental ao longo de sua carreira. A admiração é tão profunda que o trabalho de Bowie com Brian Eno foi a inspiração direta para a composição da música “MOR”, presente no álbum homônimo do Blur.

Novo álbum do Gorillaz

Albarn anunciou oficialmente que seu próximo disco, intitulado The Mountain, será lançado em 20 de março de 2026, pela nova gravadora da banda, a Kong. Já foram divulgados alguns singles: o primeiro, “The Happy Dictator” (com o duo Sparks), lançado junto ao anúncio do álbum; em seguida vieram “The Manifesto” (com Trueno e participação póstuma de Proof) e “The God of Lying” (com a banda IDLES).

Segundo o vocalista, o álbum foi inspirado por viagens à Índia e reflexões sobre perdas e espiritualidade, e incorpora performances em cinco idiomas — árabe, inglês, hindi, espanhol e iorubá — além de colaborações com artistas como Anoushka Shankar, Black Thought, Johnny Marr e outros.

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