Em entrevista exclusiva à Rolling Stone Brasil, Dave Mustaine ainda revelou medo por sequestro de facção em primeira apresentação no Rio de Janeiro
por Wallacy Ferrari Publicado em 19/02/2024, às 13h25
Em entrevista exclusiva à Rolling Stone Brasil, Dave Mustaine, vocalista do Megadeth, mergulhou nas memórias de uma relação musical duradoura entre a banda e o Brasil; com o 16º show da banda no país marcado para abril, Mustaine compartilhou um misto de recordações vibrantes e momentos sombrios na primeira passagem, no Rock in Rio II, em 1991.
Mustaine, ao ser questionado sobre lembranças no país, revelou: "Eu poderia te dizer que tenho memórias de cada concerto, mas eu seria desonesto." No entanto, destacou a estreia no Brasil: "Eu me lembro de quão grande foi e como deu certo, mas também lembro que duas pessoas morreram naquele show", acrescentou o vocalista.
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Em tal ocasião, o show ocorreu no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, causando preocupações nos membros antes mesmo de pousarem na capital fluminense. De acordo com o líder do grupo, notícias sobre o país o afastou inicialmente de passeios turísticos.
“Foi a nossa primeira vez no Brasil e nós estávamos animados para ir à praia, mas eu também me lembro de ler sobre algumas facções que estavam sequestrando pessoas e tirando seus órgãos. Então, ouvíamos todos os tipos de coisas antes de irmos lá”, recordou Mustaine.
No palco do festival, o clima mudou completamente; mesmo na noite mais pesada do Rock in Rio II, acompanhando o line-up com com Guns N' Roses, Judas Priest, Queensrÿche e Sepultura, o público brasileiro deu um show de acolhimento, com mais de 100 mil pessoas: "Quando eu fui lá e o show começou, foi como se nós e os brasileiros fossemos amigos a minha vida toda. Eu me senti tão em casa, os fãs eram tão ótimos!".
Com tal abertura, Dave revelou que a recepção massiva o obrigou a “construir uma relação com essa nação, ir para diferentes cidades e aprender um pouco sobre a história do país", nutrindo amizades brasileiras desde a ocasião.
“Eu fiz isso com aprendendo as artes marciais [brasileiras]. Eu fiz isso ao contratar um guitarrista brasileiro. Eu fiz isso indo até o Brasil, mais do que muitas outras bandas de metal. Talvez nós sejamos uma das bandas mais conhecidas lá!”, concluiu.
Por fim, enfatizou seu comprometimento até os dias atuais em colocar o Brasil na trilha das turnês mundiais da banda, como fez na mais recente, divulgando o álbum The Sick, the Dying... and the Dead! no Espaço Unimed em 18 de abril.
Confira a entrevista completa em áudio, com tradução simultânea, no player abaixo:
