O guitarrista ainda alfinetou Waters e reprovou seus posicionamentos políticos
David Gilmour deixou claro que não pretende se reunir com Roger Waters. Perguntado sobre a possibilidade em entrevista ao The Guardian, o guitarrista afirmou que "com certeza" recusaria a oferta.
Com certeza não. Eu costumo ficar longe de pessoas que apoiam ativamente ditadores genocidas e autocráticos como [Vladimir] Putin e [Nicolás] Maduro. Nada me faria compartilhar um palco com alguém que acredita que está tudo bem tratar mulheres e a comunidade LGBT assim. Por outro lado, eu adoraria voltar ao palco com Rick Wright, que foi uma das pessoas mais gentis e mais talentosas que já conheci.
Wright foi tecladista do Pink Floyd e chegou a trabalhar com Gilmour, em sua carreira solo, antes de falecer, em 2008.
O músico fez referência aos presidentes da Rússia e da Venezuela, respectivamente, após Waters declarar que Israel se assemelha aos nazistas.
Polly Samson, esposa de Gilmour e letrista de suas composições, também atacou o ex-Pink Floyd. Por meio do Twitter, ela afirmou que Waters é antissemita: “Lamentavelmente, Roger Waters, você é antissemita até o seu núcleo podre. Também é um apoiador de (Vladimir) Putin e um mentiroso, ladrão, hipócrita, sonegador de impostos, dublador de playback, misógino, doente de inveja, megalomaníaco. Chega de bobagens.”
A mensagem foi republicada por Gilmour, que complementou o texto dizendo que “cada palavra é comprovadamente verdadeira”. Embora não tenha contextualizado seu comentário, Polly Samson referia-se a uma recente entrevista de Roger Watersao jornal alemão Berliner Zeitung. O conteúdo foi republicado em inglês no site oficial do artista.
Ao longo da conversa, o músico disse ter mudado de opinião com relação a Vladimir Putin, presidente da Rússia e principal personagem da invasão à Ucrânia. Antes, ele havia chamado o político de “gângster capitalista neoliberal”, mas passou a acreditar que a situação não é tão diferente do que se vê em outras partes do mundo.