“REENCONTRO”

Debilitado, Phil Collins senta atrás de bateria pela primeira vez em anos [VÍDEO]

Músico que fez história com o Genesis e em carreira solo enfrenta problemas de saúde responsáveis por tirá-lo dos palcos em definitivo

Igor Miranda (@igormirandasite)

Publicado em 30/12/2024, às 17h21
Phil Collins e o filho, Nic Collins (Foto: reprodução / YouTube / Drumeo)
Phil Collins e o filho, Nic Collins (Foto: reprodução / YouTube / Drumeo)

Já faz um bom tempo que Phil Collins não se apresenta ao vivo como baterista. Uma de suas últimas performances no instrumento ocorreu em 2010, ao lado de Eric Clapton e outros músicos, durante o evento Prince’s Trust Rock Gala.

Nos anos seguintes, o integrante do Genesis também notório por sua carreira solo passou a subir no palco apenas para cantar. Em muitos desses momentos, sua performance ocorria enquanto estava sentado em uma cadeira.

O motivo está no desgaste físico. Hoje com 73 anos, Collins sofreu uma lesão grave na coluna em 2007, que piorou ainda mais os problemas causados pelas décadas como baterista. Locomove-se com auxílio de bengala e, em entrevistas, garante que sequer consegue segurar uma baqueta.

Não à toa, ele se encontra aposentado da música desde março de 2022, quando concluiu uma turnê de despedida do Genesis. Em carreira solo, não realiza um show desde outubro de 2019.

A trajetória de Phil voltou a ser narrada, agora em um documentário, produzido pela Drumeo. Phil Collins: Drummer First conseguiu colocar o icônico artista em um banco de bateria pela primeira vez em um bom tempo. Ele não conseguiu tocar — e precisou da ajuda de seu filho Nic para sentar —, mas deu alguns batuques de teste no kit que utilizou durante a turnê do álbum We Can’t Dance (1991).

Confira a seguir uma prévia do filme (com a cena que traz Collins na bateria) e o documentário na íntegra (em inglês e sem legendas).

A origem de parte dos problemas de Phil Collins

Durante o documentário, Nic Collins, que também é baterista — tendo acompanhado o Genesis nos últimos shows e montado a própria banda Better Strangers — apontou um detalhe que pode ter acentuado os problemas físicos do pai. A posição da bateria exigia que Phil se inclinasse para frente. Sem isso, não conseguiria tocar.

O dilema é que isso levou o veterano a erros de postura. Não seria algo grave se acontecesse só uma vez ou outra, mas ele passou décadas dessa forma. Como resultado, o artista lida com uma dor crônica no pescoço.

O que o músico pensa sobre não poder mais tocar

Também no filme (via site Igor Miranda), Phil Collins compartilhou reflexões sobre o seu afastamento “forçado” da bateria. Ele reconhece que é estranho não poder mais tocar e diz que parece pouco natural o simples fato de segurar baquetas após tanto tempo.

“Passei a vida inteira tocando bateria. De repente, não conseguir mais fazer isso é um choque. Se eu não puder fazer o que eu fazia tão bem quanto eu fazia, prefiro descansar e não fazer nada. Se eu acordar um dia e conseguir segurar um par de baquetas, então vou tentar. Mas sinto que já fiz tudo que já tinha que fazer. É tão estranho segurá-las agora. Eu não sou um cantor que toca um pouco de bateria. Estou mais para um baterista que canta um pouco.”

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