O baterista brasileiro revelou, com exclusividade à Rolling Stone Brasil, como é a relação com o músico estadunidense após ocupar sua vaga na banda
A entrada de Eloy Casagrande no Slipknot movimentou uma curiosa dança das cadeiras no mundo do metal; o brasileiro ocupou a vaga de Jay Weinberg, que por sua vez, se transferiu para a banda punk Suicidal Tendencies, substituindo Greyson Nekrutman. Este, por sua vez, acabou parando no... Sepultura, ex-banda de Eloy, que anunciou em dezembro sua turnê de despedida.
Em meio as comentadas trocas, Eloy revelou, com exclusividade à Rolling Stone Brasil, que tentou conversar com Jay quando estava prestes a aceitar o convite da banda norte-americana, mas não conseguiu prosseguir o diálogo. De acordo com o músico, partiu dele a iniciativa de dar um toque no colega de profissão, através de uma mensagem privada.
“Eu mandei uma mensagem para ele no Instagram, quando eu falei que tava quase tudo vindo à tona, mas eu acho que ele estava viajando e ele acabou não visualizando a minha mensagem. Mas eu tenho um grande respeito por ele, por tudo que ele fez, é uma grande admiração”, enfatizou.
Engana-se quem pensa que os dois não se cruzam; Casagrande ainda revelou que sempre tiveram uma boa relação ao se cruzarem em apresentações conjuntas na época de Sepultura e que, quando o conjunto de mascarados veio ao Brasil, foi ele quem levou Weinberg para almoçar no país, classificando a relação como “muito boa”.
Dos membros que permaneceram com ele no Slipknot, ele ainda revela que tem tido mais proximidade do baixista V-Man (Alessandro Venturella) e do percussionista Clown (Shawn Crahan), justificando que já se conheciam antes da mudança de banda — mas que foi bem recebido por todos: “Todos se disponibilizaram a manter uma conversa aberta comigo, me passaram seus números e tudo mais!”.
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Junto do êxito na nova banda, o respeito pelas anteriores continua em voga; Eloy fez questão de fortalecer a relação com colegas:
“Assim como bateristas que vão me substituir ou que me substituíram no Sepultura, eu tenho uma grande admiração, porque todo mundo é músico, todo mundo faz música, embora a gente troque de empresas”.
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Contudo, o paulista não nega que continua ansioso com as mudança, a chamando de “ansiedade boa” pela realização do sonho. Mas não tem nenhum arrependimento de ter tomado a decisão de deixar o Sepultura antes de sua última turnê: “A gente vive de mudança. Embora eu esteja muito feliz com tudo isso, eu estou sempre nessa ansiedade de saber qual que vai ser o próximo passo”.
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O público brasileiro reencontra Eloy nos dias 19 e 20 de outubro, no Allianz Parque, em São Paulo, onde será realizada a Knotfest 2024. Antes mesmo do anúncio do músico local, a banda revelou que, em cada um dos dias, um setlist completamente diferente será executado, contando com músicas do primeiro álbum em comemoração aos 25 anos de lançamento.