Ao longo do último ano, Eric Clapton foi contra o lockdown, regulações da covid-19, vacinações e mandatos para turnês
Brenna Ehrlich | Rolling Stone EUA. Tradução: Marina Sakai (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 20/09/2021, às 16h41
Na noite do último sábado, 18 de setembro, Eric Clapton subiu ao palco do Smoothie King Center, em Nova Orleans (EUA). O evento foi notável, não apenas por nos alertar ao fato de que existe um local chamado Smoothie King (Rei das Vitaminas, em tradução livre), mas, porque, ao se apresentar, o músico e cético acerca da pandemia efetivamente desfez o posicionamento ridículo que demonstrou sobre as vacinas contra covid-19 anteriormente em 2021.
Enquanto o restante da indústria musical abraçou os mandatos e protocolos envolvendo as vacinas como a única maneira de afirmar shows seguros, Clapton tomou a rota oposta, jurando nunca se apresentar em um local que pedia comprovantes de imunização.
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O artista quebrou a promessa absurda ao tocar no Smoothie King, o qual, de acordo com o site do estabelecimento, segue as regulações de Nova Orleans que demandam de todos os clientes acima de 12 anos, assim como da equipe e participantes, provas de que receberam pelo menos uma dose de alguma vacina contra covid-19 ou um teste negativo realizado nas 72 horas anteriores. Além disso, precisam usar máscaras de proteção ao comer e beber.
Clapton divulgou sua grande proclamação contra as vacinas em julho de 2021, logo após o Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson anunciar que os cartões de imunização seriam necessários para entrar em boates e shows. "Seguindo o anúncio do PM na segunda, 19 de julho de 2021, sinto-me na obrigação de manifestar algo," escreveu. "Gostaria de dizer que não me apresentarei em qualquer palco onde exista um público discriminado presente. Se não for permitida a entrada de todas as pessoas, tenho o direito de cancelar o show."
Clapton, quem era conhecido pela incrível habilidade como guitarrista, passou o último ano reclamando das regulações da covid-19, vacinações e mandatos para turnês. Primeiro, juntou-se a Van Morrison para compor as canções anti-lockdown "Stand and Deliver" e "The Rebels," antes de lançar a própria música, "This Has Gotta Stop." O artista foi vacinado, mas se arrepende da decisão, expondo efeitos colaterais “desastrosos” que ele supostamente sofreu.
Um representante de Clapton não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Rolling Stone EUA, mas talvez o músico tenha tido uma mudança de opinião. Ou, o provável, aderir às regras restritas as quais criou para a turnê teria significado o cancelamento de diversos shows. Afinal, a próxima performance agendada na Bridgestone Arena, em Nashville (EUA), também precisará de um teste negativo ou comprovante de vacinação.
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