Artista, morta em 2023, se junta a longa lista de cantores e bandas que já tiveram obras vetadas em comícios de Trump
Linkin Park, Rihanna, Village People e Johnny Marr, do The Smiths, estão entre os nomes que já criticaram, ou até mesmo proibiram, o uso de suas músicas nos comícios de Donald Trump pelos Estados Unidos. Agora, o espólio de Sinéad O'Connor se soma aos que se recusam a serem usados pela campanha de Trump.
A declaração veio através de uma nota publicada em conjunto pelo espólio da cantora, morta em 2023 aos 56 anos, e pela gravadora Chrysalis, ordenando a Trump com que "desista de usar sua música imediatamente". A proibição vem após o uso do maior hit de Sinéad, "Nothing Compares 2 U" pela campanha do candidato nas prévias do partido republicano.
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Na mensagem (via ABC News), os detentores dos direitos autorais de O'Connor relembram como a artista irlandesa viveu sob um "código moral estrito definido pela honestidade, bondade, justiça e decência com relação aos seres humanos".
"Foi, portanto, com fúria que soubemos que Donald Trump tem usado sua icônica performance de 'Nothing Compares 2 U' em seus comícios políticos", diz a declaração.
A nota segue, citando a visão da cantora sobre o próprio candidato a quem se referia, em vida, como um "demônio bíblico":
"Não é um exagero dizer que Sinéad ficaria enojada, ofendida e insultada ao ter seu trabalho mal representado dessa forma por alguém a quem ela própria se referia como um 'demônio bíblico'. Como guardiões de seu legado, exigimos que Donald Trump e seus representantes desistam de usar sua música imediatamente."
Em vida, Sinéad O'Connor foi uma artista combativa, crítica da Igreja Católica por décadas e muito aberta com relação a suas visões políticas e filosóficas. Ela foi encontrada irresponsiva no último mês de julho de 2023, sendo declarada sem vida horas depois.