Em participação no programa Persona, cantor falou sobre combinação do rock com a música brasileira, relação com o boxe e primeiro contato com a bateria
Na próxima edição do programa Persona, Chris Maksud e Atilio Bari recebem Eduardo Smith de Vasconcellos Suplicy, o cantor Supla.
Eles conversam sobre as bandas do artista, a paixão pelo boxe, a mistura da música brasileira com o rock, os trabalhos como ator e outros assuntos.
Ao longo de sua carreira, o Supla fez parte de diversas bandas. A primeira delas, Os Impossíveis, foi responsável pelo primeiro contrato do artista com uma gravadora, a Tokyo. Ele falou sobre a trajetória na música e a relação com a bateria, que se tornou seu instrumento principal:
Eu tinha 13 para 14 anos quando a minha banda foi formada, Os Impossíveis; eles já tocavam muito bem violão, baixo, e sobrou pra mim a bateria. Que eu que montei! [...] A gente tocava em tudo quanto era lugar. Desde os 14 anos toco na noite de São Paulo.”
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Eu cursei economia e não tinha nada a ver comigo. Mas eu estava lá porque, quando se é jovem, tem que fazer alguma faculdade, e eu achei interessante a parte mais humanas. Mas eu só decorava, não me interessava. E, ali, eu já estava sendo lançado no Brasil. Depois da Tokyo ter conseguido tocar em várias danceterias em São Paulo, uma gravadora veio e ‘assinou a gente’. [...] Já não era mais brincadeira”, disse.
Em outro momento da conversa, Supla fala sobre o Boxe. Em 1984, ele foi vice-campeão da Forja dos Campeões, campeonato paulista de boxe amador. O cantor detalhou a importância do esporte para sua carreira e vida pessoal.
Rock n’ roll para mim é energia, é se expressar ‘alto’. Então preciso estar muito bem fisicamente sempre. Estou com 58 anos, então me preparo para estar bem comigo, minha voz vai sair bem melhor. Meu corpo, meu diafragma, tudo vai ficar bem melhor. [...] E não quero ver as pessoas falando ‘nossa, fui no show do Supla e o cara estava morrendo lá’”, explica.
O artista também falou sobre o disco Bossa Furiosa (2003), que junta elementos da música brasileira com características do rock n’ roll, ritmo que é sua marca.
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Fiz essa mistura por estar morando nos Estados Unidos e estar à procura de uma coisa minha mesmo. Sempre gostei de bossa nova, eu aprendi a cantar músicas dos Beatles em notas de bossa nova. Junto ao João Salomão, misturamos as notas e fizemos esse álbum, o Bossa Furiosa, que já era uma mistura de punk, rock n’ roll e bossa nova”, revelou o artista.
A próxima edição do Persona vai ao ar neste domingo (8/9), a partir das 21h, na TV Cultura.