ENTREVISTA

Fernando Rosa conta à RS sobre seu novo show Funk Ship, que chega a São Paulo

Parte do projeto Rolling Stone Sessions, apresentação ao lado do baterista Derrick McKenzie (Jamiroquai) acontece nesta terça-feira, 17, no Blue Note

Igor Miranda (@igormirandasite)

O músico Fernando Rosa
O músico Fernando Rosa - Foto: Marcos Hermes

O passado é o novo futuro. Esse é um dos motes do novo show do baixista Fernando Rosa, Funk Ship, que promete uma imersão musical e estética no funk, soul, disco music e afrofuturismo — movimento que celebra a cultura preta ao combinar ancestralidade africana com tecnologia e ficção científica. Após “prévias” aclamadas na Europa, o espetáculo será trazido ao Brasil como parte do projeto Rolling Stone Sessions, nesta terça-feira, 17, às 22h30, no Blue Note São Paulo. Ingressos estão à venda na Eventim.

A ocasião é especial, garante Rosa. Como na ocasião de seu show anterior, Alive, o músico paulistano dá o pontapé inicial em parceria com a Rolling Stone Brasil e numa casa tradicional como o Blue Note. Os passos inaugurais são os mesmos, ainda que o novo espetáculo siga por outro caminho.

O próprio explica:

“Sigo com a herança setentista e vintage desde o começo da minha carreira. Agora, porém, trago uma estética mais afrofuturista, com mais ousadia na vestimenta e na própria musicalidade, além de uma mensagem de resistência e empoderamento da cultura preta. Na minha primeira turnê, Alive, trouxe um pouco da tecnologia ao fazer um dueto virtual com o artista, tocando sincronizado com o vídeo enquanto o artista canta no palco comigo através de sua imagem. Agora, venho com essa postura, ousadia na vestimenta, incluindo também uma música minha, autoral, e aumentando o grupo.”

 
 
 
 
 
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Do time que acompanha Fernando, destaca-se a presença de Derrick McKenzie, baterista do Jamiroquai, uma das bandas funk mais populares em todos os tempos. A parceria é antiga, visto que o americano foi o primeiro integrante a se juntar à formação que acompanha o brasileiro.

O que esperar do show

Quem se deslocar ao Blue Note São Paulo na terça, 17, para assistir ao Funk Ship de Fernando Rosa será presenteado com um espetáculo enérgico e vibrante. Por vezes, chega a haver certa aproximação com o rock, visto que o próprio artista garante: “vai ter drive, sujeira, fuzz e amplificadores valvulados”.

Rosa afirma ter sentido ainda mais liberdade para montar o show, tendo em vista a excelente aceitação do público em relação à turnê anterior. Famoso dentro e — especialmente — fora do Brasil não apenas por sua habilidade no baixo, como também por sua estética e curadoria musical, o artista de quase meio milhão de seguidores somente no Instagram adiantou que sua performance na tradicional casa de eventos paulistana contará com hits e lados B do funk e disco setentista. É para dançar e cantar, mas também conhecer muitos bons sons que podem ter passado despercebidos em suas épocas originais de lançamento.

“Estou trazendo muitos lados B, está mais a minha cara no sentido de liberdade artística. Logicamente haverá os hits, mas trarei músicas que não são tão ouvidas, mas tão boas quanto as que foram para as rádios. Farei um medley só de bandas com essa questão do afrofuturismo, como Earth, Wind & Fire, Kool & the Gang, as bandas da música disco que sempre tiveram muito brilho e glamour. Vai ser uma delícia.”

 
 
 
 
 
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E o que mais está no repertório? Ele adianta:

Delegation, Funkadelic, Shalamar, The Whispers, Chic, Diana Ross, The Tramps, Michael Jackson, Don Blackman… coloquei até uma música do Led Zeppelin no meio do show. E fez todo sentido estar ali no meio, junto de uma música do Funkadelic.”

 
 
 
 
 
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Música autoral

Como citado, haverá espaço, ainda, para uma composição própria de Fernando Rosa. “Summer Lover” ainda não está disponível nas plataformas digitais, mas poderá ser ouvida ao vivo em primeira mão no palco do Blue Note São Paulo.

“Trabalhei com um produtor francês chamado Magoo, que faz de tudo, mas é especializado em funk e disco music. É uma música disco, com baixo bem marcante e bem chicletona, de sair cantando fácil. E é bem na onda do Chic, em relação a ter cordas, com produção inspirada em Nile Rodgers e Bernard Edwards, com bastante orquestra e metais. Uma gravação bem cheia.”

O artista explica o contexto da letra:

“A letra conta a história de um cara que se apaixona por uma moça — ou uma moça por um cara — que era para ser só algo rápido, mas acabou virando uma paixão, um romance. Seria um romance de verão, mas que se acaba querendo levar mais a sério.”

O bate-papo completo com Fernando Rosa será publicado em breve. Confira, abaixo, o Serviço completo da apresentação em São Paulo.

SERVIÇO

Rolling Stone Sessions apresenta: Fernando Rosa & Funk Ship – Part. Especial: Derrick McKenzie
Data: terça-feira, 17 de junho de 2025
Horário: 22h30 | Abertura da casa: 21h30
Local: Blue Note São Paulo
Endereço: Avenida Paulista, 2073 – 2º andar – Consolação – São Paulo, SP
Ingressos: disponíveis em eventim.com.br
Classificação etária: 18 anos | menores apenas acompanhados dos pais ou tutores legais.

Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Começou em 2007 a escrever sobre música, com foco em rock e heavy metal. É colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022 e mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, revista Roadie Crew, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram e outras redes: @igormirandasite.
TAGS: Derrick McKenzie, fernando rosa, funk, Funk Ship, jamiroquai, Soul