Fióti se pronuncia sobre briga com Emicida e acusações de suposto roubo
Em entrevista ao programa Fantástico, Fióti explicou seu ponto de vista sobre o rompimento com seu irmão, Emicida, e negou saques indevidos
Daniela Swidrak (@newtango)
Publicado em 07/04/2025, às 11h29
Nos últimos dias, a notícia sobre a ruptura entre os irmãos Emicida e Evandro Fióti pegou a todos de surpresa. Sócios na empresa Laboratório Fantasma, Leandro acusou Evandro de um desvio de R$ 6 milhões, e um processo movido por Fióti tenta impedir que o irmão tome decisões sozinho sobre a empresa.
Em entrevista exclusiva ao Fantástico deste domingo, 6, Fióti negou as acusações de saques indevidos e falou sobre o fim da parceria, enquanto Emicida se manifestou apenas por meio de um comunicado.
Não, não fiz. Todas as transferências para ambos os sócios e a divisão de lucros nesses 16 anos sempre foram feitas seguindo os ritos de governança da área administrativa e financeira (...) Nunca trabalhei de maneira antiética em toda a minha vida".
O processo judicial revela um conflito que, embora desconhecido do público, já se arrastava há anos. "Percebi que havia um distanciamento entre nós por volta de 2017 ou 2018".
Os irmãos, que cresceram unidos, superaram a pobreza e alcançaram o sucesso juntos, anunciaram na última semana o fim da parceria. “Acredito que construímos coisas incríveis, mas chegou um momento em que esse ciclo se encerrou”, afirmou Fióti.
O rompimento só se tornou público em 28 de março, quando Emicida surpreendeu os fãs com um comunicado: “A partir desta data, Evandro Fióti não representa mais os interesses da minha carreira artística.” No mesmo dia, Fióti anunciou o início de “uma nova fase profissional”.
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Questionado sobre o fim da parceria, Fióti foi nostálgico: "Sinto falta do Leandro que se emocionava quando eu tocava violão. Foi essa energia que nos impulsionou a construir uma empresa para realizar nossos sonhos".
Em dezembro, os irmãos chegaram a um acordo para dividir os bens. Embora Fióti tenha permanecido na gestão, Emicida — agora sócio majoritário — teria ficado surpreso com transferências financeiras realizadas pelo irmão.
Fióti afirma que Emicida foi devidamente informado: “Há registros nos nossos e-mails corporativos e documentos internos que comprovam seu conhecimento sobre as movimentações.” No entanto, em vídeo obtido pela Folha de S.Paulo, Emicida aparece em uma reunião concordando com os repasses feitos por Fióti.
Para Fióti, a raiz do problema está na transição abrupta para a prosperidade: “Nossa ascensão econômica veio sem manual. Não estávamos preparados para as mudanças que isso exigiria de cada um de nós.”
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