A jovem cantora que Florence Welch define como uma das melhores da história
As duas colaboraram em “Everybody Scream”, faixa-título do próximo álbum da cantora britânica e sua banda, que saiu no último dia 31 de outubro
Pedro Hollanda
Florence Welch se estabeleceu como uma das cantoras mais importantes do século 21 graças ao seu projeto Florence + the Machine. Mesmo assim, ela não deixa de reconhecer o impacto de suas contemporâneas — especialmente Mitski.
As duas artistas colaboraram recentemente no próximo álbum da banda da cantora britânica. Florence fez questão de ressaltar em entrevista a contribuição da sua colega, em particular na música “Everybody Scream”, faixa-título do disco lançado na última sexta-feira, 31.
Ao programa de Zane Lowe na Apple Music (via Far Out Magazine), ela afirmou:
“A canção não tomou sua forma final até a Mitski entrar na brincadeira. Ela veio ao estúdio um dia e falou: ‘Você precisa de um refrão’. [Ela também falou] ‘Eu acho que tem um refrão por vir depois desse drone, é tão marcante’. Trabalhar com ela, honestamente… ela é uma das minhas artistas preferidas de todos os tempos.”
A contribuição de Mitski não ficou resumida somente a isso. Welch ainda apontou como “Everybody Scream” se desenvolveu a partir de conversas entre as duas.
Na mesma entrevista, Florence disse:
“Mitski disse: ‘Acho que você está falando da intimidade que você tem com o palco – e eu tenho isso também’. Nós começamos a falar sobre isso, e a canção surgiu dessas conversas sobre esse assunto. Foram dias muito incríveis.”

Sucesso improvável
A cantora nipo-americana Mitski já era uma das artistas mais condecoradas dos anos 2010, dona de uma plateia fiel, quando se tornou um dos primeiros casos de sucesso viral graças ao TikTok. Seu single “Nobody”, do álbum Be the Cowboy (2018), vendeu mais de um milhão de cópias equivalentes nos Estados Unidos graças à presença constante da faixa em vídeos da plataforma de conteúdo curto.
Durante essa explosão, contudo, a cantora estava ausente. Ela havia se retirado completamente dos holofotes devido ao desgaste da turnê de Be the Cowboy — e sequer sabia se queria continuar fazendo música. No fim das contas, convenceu-se a retornar e lançou os discos Laurel Hell (2022) e The Land Is Inhospitable and So Are We (2023), ambos sucessos de vendas.
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