Na quarta, 24, a morte de Freddie Mercury completou 30 anos — e o legado do astro do Queen é sentido na atualidade
Freddie Mercury morreu em 24 de novembro de 1991, mas, um dia antes, fez algo que ficaria marcado na história: confirmou o diagnóstico de AIDS. Segundo o National AIDS Trust (instituição de caridade que defende direito de pessoas com a doença autoimune), o fato de o vocalista falar publicamente sobre a doença tem uma grande importância até a atualidade.
Conforme explicou o site NME, executiva-chefe do National Aids Trust, Deborah Gold, falou sobre o legado da decisão de Mercury em compartilhar o diagnóstico: “No curto período antes de morrer, ele foi aberto sobre ter tinha AIDS, e quando aqueles momentos acontecem, é possível agarrá-los e usá-los para outra coisa.”
Segundo a executiva, a fala de um grande astro sobre a AIDS colabora para a discussão sobre a doença que, apesar de ter métodos e tratamentos eficazes na atualidade, não tem cura e ainda faz parte da vida de diversas pessoas ao redor do mundo.
“Esses momentos culturais tornam-se realmente importantes para aumentar a conscientização, para lembrar às pessoas que (o HIV) ainda está aqui, lembrando as pessoas do que elas precisam fazer para se proteger,” explicou.
+++ LEIA MAIS: Queen: Por que Freddie Mercury rejeitou primeiras gravações da banda?
Deborah Gold ainda falou sobre a instituição de caridade Mercury Trust, criada por integrantes do Queen após a morte de Mercury e responsável por financiar iniciativas para prevenir HIV e AIDS: “Eles conseguiram lidar com uma situação realmente perturbadora e triste e usaram o que aprenderam para realmente impactar a mudança.”
Ver esta publicação no Instagram
Peter Freestone, assistente pessoal de Mercury por 12 anos, é um dos entrevistados do documentário Freddie Mercury: The Final Act, da BBC Two. A produção acompanha os momentos finais do astro — e, inclusive, a decisão de confirmar o diagnóstico de AIDS.
Segundo o assistente do astro, Mercury pensou que “seria o certo” divulgar o diagnóstico antes da morte — e após divulgar o comunicado, ficou aliviado: "Não havia mais preocupação. Tudo foi tirado de seus ombros e ele estava mais relaxado do que o normal em anos. Ele estava muito em paz. Com o que passou nos últimos quatro anos e meio, ele realmente foi um dos homens mais corajosos e bravos que já conheci. Nunca o ouvi reclamar. Ele nunca quis simpatia ou pena," lembrou Freestone.