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Música / Entrevista

Froid lança O Queridinho de Deus e potencializa criatividade pela liberdade

Gravado de maneira remota em diversos ambientes, como praia e quarto de hotel, O Queridinho de Deus traz grande reflexão de Froid enquanto humano

Froid (Foto: Daniel Avelar)
Froid (Foto: Daniel Avelar)

Quase um ano após lançar o disco OgEMr (2023), o rapper Froid mostrou outra faceta artística interessante com O Queridinho de Deus, que chegou às plataformas de streaming, em 5 de julho de 2024, via ONErpm. Totalmente produzido pelo artista, o quinto álbum dele potencializa criatividade pela liberdade que a música oferece, com sonoridade que passeia do boombap ao afrobeat e dancehall.

Diferente de OgEMr, O Queridinho de Deus tem uma tracklist extensa de 20 faixas, como "A Paz Que Eu Busco," "Playboy" e "Começo." O disco foi produzido por cerca de um ano e seis meses, com um total de 57 canções. O processo criativo foi bastante fluido, gravado em Brasília e no Rio de Janeiro e majoritariamente fora de estúdio, mesmo.

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Por exemplo, apenas quatro músicas foram gravadas em um estúdio, enquanto as outras foram capturadas em locais como sala de estar, cobertura de prédio, quarto de hotel e até mesmo em praia. Essa decisão partiu do próprio Froid, que falou sobre o álbum em entrevista à Rolling Stone Brasil, e o engenheiro de som Lucas Lobo, com intuito de transmitir a emoção que o rapper sentia na época.

Já a sonoridade de O Queridinho de Deus, talvez, seja a mais madura e introspectiva da carreira do cantor, que se inspira em diversos ritmos para trabalhar. "Minha música é resultado do que ouço," explicou. "Estou consumindo muito dance hall e afrobeat, que influenciou no final das gravações." Segundo ele, a princípio, o disco seria apenas de rap - e ainda bem que ele mudou o rumo, resultando em composições únicas e diferenciadas.

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O quinto álbum de estúdio de Froid é um amálgama de tudo aquilo que ele viveu e estuda, muito além do rap. Para o artista de 30 anos, essa mistura de gêneros e subgêneros musicais é um resultado, na verdade, da essência de fazer música.

A importância [de misturar sonoridades] é o legado. Todos os gêneros foram criados acidentalmente. A música é imprevisível e a liberdade é a maior fonte de criatividade.

Com um grande volume de faixas, como Froid trabalhou em tão pouco tempo em quase 60 músicas após lançar OgEMr em agosto de 2023? Como o cantor explicou à Rolling Stone Brasil, O Queridinho de Deus foi trabalhado em paralelo.

Froid
Froid (Foto: Daniel Avelar)

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"OgeMr não foi produzido por mim, então tive tempo para compor," relembrou. "Fiquei quase um ano só compondo letras até começar a produzir O Queridinho de Deus." Na contramão de um vício da indústria da música em realizar discos curtos com canções que parecem feitas para viralizar, Froid optou por seguir o coração e a intuição artística dele.

Sinto que sou um dos artistas que mantém a cultura viva em vários sentidos. Não costumo seguir os modelos da indústria, e isso mostra o carinho que tenho com a arte.