Categoria de Artista Revelação pode apresentar critérios confusos para o público e suposta maldição
Anitta recebeu sua primeira indicação ao Grammy na última terça, 15. A cantora se juntou a um seleto grupo de artistas brasileiros que concorreram aos prêmios da maior cerimônia da música mundial, com chances de vencer como Artista Revelação.
A categoria pode trazer confusão quanto ao seu critério - uma vez que Anitta, por exemplo, está no mercado há mais de 10 anos. Em seu site oficial, o Grammy destaca: "Para um artista revelação é necessário lançar um disco durante o ano de elegibilidade, o primeiro que estabeleceu identidade pública a esse artista." É verdade que muito disso passa pelo sucesso em solo norte-americano, que a cantora atingiu com Versions of Me (2022).
Nos últimos 10 anos, vencedores de Artista Revelação tiveram sorte em suas carreiras - contrariando uma suposta maldição atribuída ao prêmio. A mais recente foi Olivia Rodrigo, mas a década também contou com os nomes de Megan Thee Stallion, Billie Eilish, Fun e Dua Lipa.
Entre os brasileiros, Tom Jobim e Astrud Gilberto concorreram na mesma edição, em 1965. O ano, no entanto, ficou marcado pela ascensão dos Beatles, que acabaram levando o gramofone. Apesar disso, eles não saíram de mãos abanando, com prêmios de Gravação do Ano por “Garota de Ipanema” e o principal da noite, Álbum do Ano, com outras participações no lendário disco Getz/Gilberto (1964).
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Em 2023, Anitta concorrerá com grandes nomes, incluindo alguns artistas, de fato, revelações dos últimos anos, como Omar Apollo, Domi & JD Beck, Muni Long, Samara Joy, Latto, Måneskin, Tobe Nwigwe, Molly Tuttle e Wet Leg.
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