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Música / Violência sexual

Grammy: Phoebe Bridgers critica ex-presidente da Academia, acusado de violência sexual

"Espero que você apodreça", declarou a cantora e membro do Boygenius durante conversa com imprensa na cerimônia deste domingo (4)

Eduardo do Valle (@duduvalle)
por Eduardo do Valle (@duduvalle)
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Publicado em 05/02/2024, às 17h50

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Boygenius (Getty Images)
Boygenius (Getty Images)

Phoebe Bridgers criticou duramente o ex-presidente da Academia de Gravação durante um encontro com a imprensa neste domingo (4) durante o 66ª cerimônia de entrega do Grammy. A cantora relembrou as acusações de violência sexual a Neil Portnow e disse que espera que ele "apodreça".

A crítica veio em resposta a uma pergunta da Rolling Stone US a Bridgers e a suas colegas na banda Boygenius, Julien Baker e Lucy Dacus, sobre como as mulheres estariam mudando o futuro da música. Phoebe então lembrou de uma declaração de Neil Portnow, ex-presidente da Academia, que em 2018 afirmou que as mulheres deveriam "levantar-se" por mais representatividade, após uma edição com apenas homens vencedores nas principais castegorias.

Boygenius (Getty Images)

"Eu tenho algo para dier sobre mulheres", respondeu Bridgers na sala de imprensa do Grammy. "O ex-presidente da Academia de Gravação, Neil Portnow, disse que se mulheres quiserem ser indicadas e vencerem no Grammy, elas precisam 'levantar-se'. Ele também está sendo acusado de violência sexual. A ele eu gostaria de dizer: eu sei que você ainda não está morto, mas quando você estiver, espero que você apodreça."

Dacus, companheira de Bridgers no Boygenius, reforçou a mensagem: "Eu acho que isso é muito rock and roll".

Em junho de 2018, Neil Portnow foi acusado de assédio sexual por uma anônima, que registrou queixas de que ele a teria drogado e depois a estuprado em um hotel em Nova York. Segundo a acusação, a Academia teria "ajudado e abafado a conduta de Portnow para proteger suas próprias reputações e silenciar a acusadora e outras mulheres da indústria da música que se levantaram e decidiram falar".