Janelle Monáe diz que viajou no tempo para os anos 1970 para ver David Bowie: ‘Eu estava nos bastidores’
Em sua conversa para a série Musicians on Musicians da Rolling Stone, Monáe relembra ter voltado aos anos 1970 para ver Bowie apresentar The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars
Larisha Paul
Alguns fãs de música passam a vida inteira lamentando os shows que nunca puderam assistir. Filmes de concerto ajudam um pouco a aliviar essa dor, mas Janelle Monáe encontrou uma solução ainda melhor: a viagem no tempo.
Em conversa com Lucy Dacus para a série Musicians on Musicians da Rolling Stone, Monáe relembrou sua experiência ao ver David Bowie apresentar The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars ao vivo — aproximadamente uma década antes de nascer.
.@JanelleMonae is a certified time traveler and saw David Bowie on stage. 🛸
“Yeah, I was backstage and I was like ‘this is what I want to do.'” pic.twitter.com/8UKt5bTWiy
— Rolling Stone (@RollingStone) October 20, 2025
Tudo começou com uma pergunta sobre o Halloween, uma data que Monáe planeja com dois anos de antecedência. A celebração atende ao impulso criativo que sente por transformação e construção de mundos na música. “Acho que foi quando vi David Bowie”, disse ela — antes de Dacus interromper, pedindo esclarecimento: “Você viu ele?”
“Vi, sim”, confirmou Monáe. “Voltei aos anos 1970 e o vi fazer ‘Ziggy Stardust’ e ‘Spiders From Mars’. Foi incrível.” Havia mais na história, mas Dacus quis ter certeza de que estava ouvindo direito. “Você viajou para o passado?”, perguntou novamente.
“Sim, eu estava nos bastidores”, respondeu Monáe. “Pensei: é isso que eu quero fazer. Voltei voando para os anos 2000 e percebi que poderia ter o musical, fazer a música, criar as letras e uma comunidade em torno da transformação e de ser queer — não só em termos de sexualidade, mas na forma como enxergamos o mundo.” Monáe já havia citado Ziggy Stardust como uma influência em seu álbum de estreia, The ArchAndroid, de 2010.
Como chegamos a esse assunto mesmo? Ah, sim — o Halloween. “Acho que essa é a sinergia com o Halloween”, disse Monáe, retomando o fio da conversa. “Sinto que as pessoas se dão permissão para entrar na minha frequência.”
Dacus entendeu… mais ou menos — num espírito de “mas que diabos, tudo bem”.
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