Karen Jonz revela inspirações para Papel de Carta, primeiro disco solo [ENTREVISTA]

De Nirvana a Xuxa, primeiro disco da atleta e skatista Karen Jonz é repleto de referências dos anos 1990

Redação

Publicado em 26/06/2022, às 11h00
Karen Jonz (Foto: Pedro Pinho)
Karen Jonz (Foto: Pedro Pinho)

Do skate para cima dos palcos. Karen Jonz não abandonou o esporte, mas aproveitou a pausa nos campeonatos para se dedicar a outra paixão: a música. Atleta – e também cantora – acaba de lançar o primeiro disco solo, Papel de Carta(2022), o qual chegou às plataformas digitais em 12 de maio.

Com pegada do rock alternativo que mistura bedroom pop e lo-fi, traz dez faixas autorais. Sobre o estilo da música, Jonz afirmou que sempre gostou de rock, mas também quis trazer outras referências para o álbum. “Na minha cabeça, sempre fui do rock. Aquela mina do rock, que é emo, mesmo quando eu não chamava de emo. Mas na hora que a gente foi lançar esse disco, acabou tendo um pouco mais de influência de algo mais eletrônico,” explicou.

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Antes de seguir na carreira solo, a cantora participou de duas bandas com o marido Lucas Silveira, a Vaconaut and the Apple Monster com pegada pop punk e Kyber Krystals a qual tem viés pop alternativo. Silveira continua produzindo as músicas de Jonz, por isso, ela afirmou que não sentiu uma mudança tão grande na rotina de trabalho, por ser a mesma equipe.

Apesar disso, comparou as experiências, explicando como antes “era muito mais na brincadeira.” “Era mais espontâneo, tipo ‘fiz uma musiquinha aqui, olha só, vamos gravar? Vamos.’ E põem lá, sabe? Não, agora é um disco, tem trabalho, vai ter show. É um foco. O foco é diferente,” disse.

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Quanto as referências, Jonz quis trazer tudo aquilo que gostava para dentro do álbum: “Todas as músicas têm muita camada de voz, então acho que tem bastante influência de bandas dos anos 1990 que eu gostava muito, como Nirvana, de Sonic Youth, de Alanis [Morissette] também. [...] Um pouco de My Chemical Romance, Rolling Stones, No Doubt…”

Artistas nacionais também não ficaram de fora, pois a cantora revelou que se inspirou na estética da Xuxa na época de “Lua de Cristal” para fazer Papel de Carta. “Aquela coisa meio espacial, meio futurista,” explicou. Enquanto as letras traduzem experiências pessoais sobre relacionamentos e outras questões que marcaram a vida dela.

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Jonz explica que não quis lançar singles antes do álbum, pois acredita que Papel de Carta deve ser ouvido do começo ao fim, de uma vez só, pois as faixas se entrelaçam e somente assim é possível ter uma experiência completa, conhecer a história como um todo.

Apesar de embarcar de vez na carreira musical, garante que não deixará o skate de lado. De acordo com a atleta, a música e o esporte sempre andaram lado a lado, pois desde criança ela teve contato com ambos universos e sempre soube como conciliar as duas paixões.

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Papel de Carta está disponível na principais plataformas digitais de música.