Por onde anda Kate Bush, 3 anos após volta aos holofotes via ‘Stranger Things’
Sequência da carreira da reclusa cantora se tornou bastante irregular a partir da década de 1990, mas ela garante trabalhar em material novo
Igor Miranda (@igormirandasite)
O nome de Kate Bush voltou a ser comentado nos últimos dias com a estreia de episódios da última temporada de Stranger Things. A artista inglesa havia retornado aos holofotes em 2022, com o uso da música “Running Up That Hill (A Deal with God)” em um capítulo da série da Netflix — e com o retorno da produção televisiva, fãs querem saber como está a artista de 67 anos.
A partir da década de 1990, a carreira de Bush se tornou irregular no que diz respeito à intensidade das atividades. Ela, que já não realizava turnês desde o início dos anos 1980, lançou pouco material inédito e fez apenas uma sequência de shows em 2014. Sequer compareceu à cerimônia que marcou sua entrada para o Rock and Roll Hall of Fame, em 2023, embora tenha publicado uma carta aberta agradecendo pela homenagem.
Apesar do hiato de anos, Kate afirma estar pronta para voltar a criar música. Em entrevista de outubro de 2024 à BBC Radio 4 (via People), ela disse que estava “muito animada para começar a trabalhar em um novo álbum”. E complementou: “Tenho muitas ideias e estou ansiosa para voltar a esse espaço criativo, já faz muito tempo”.
Kate Bush no cinema
Um de seus trabalhos mais recentes não teve a ver com música: foi a roteirização e direção de um curta-metragem de animação em 2024, chamado Little Shrew. Uma versão editada de “Snowflake”, sua música de 2011, foi lançada para arrecadar fundos para crianças afetadas pela guerra.
À época, em seu blog, Bush fez uma comparação entre trabalhar com cinema e música.
“Adoro ser criativa tanto no meio visual quanto no áudio. Trabalhar diretamente com os animadores tem sido surpreendentemente semelhante, em muitos aspectos, a trabalhar com músicos, onde você está criando através das mãos de outra pessoa.”
Outros trabalhos
Outra área de atuação de Bush tem sido o desenvolvimento de edições especiais de seus álbuns, assumindo a direção de arte com seu filho. Um relançamento deluxe de Hounds of Love (1985) rendeu a eles duas indicações ao Grammy em 2025: Melhor Pacote de Edição Especial ou em Caixa e Melhor Projeto Gráfico de Gravação.
Sua mais recente presença na mídia ocorreu em função de sua participação em um álbum silencioso, com vários outros artistas. A iniciativa serviu como protesto contra o uso de seus trabalhos por inteligência artificial.
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