Katseye diz que recebeu milhares de ‘ameaças de morte’: ‘Muito aterrorizante para a mente’

Durante o verão, o grupo feminino internacional Katseye contou à Rolling Stone que havia contratado uma terapeuta de grupo para ajudá-las a lidar com os desafios do estrelato moderno. Elas podem precisar dessa assistência agora: em uma nova entrevista com a BBC, as seis integrantes do grupo alegam que receberam uma enxurrada de ameaças de morte e outros tipos de assédio online desde sua estreia no ano passado — incluindo uma que, segundo elas, envolveu o Serviço de Imigração e Controle Alfandegário (ICE).

Ao discutir as ameaças não especificadas e o ódio online direcionado a elas, a cantora Lara Raj disse ao veículo: “Tento dizer a mim mesma que não importa, mas se mil pessoas estão te enviando ameaças de morte… mesmo que não vá acontecer… é pesado e é chocante”. A cantora Manon Bannerman disse que era “muito aterrorizante para a mente”.

Raj, em particular, que tem origem tâmil indiana, mas é cidadã americana, diz que foi denunciada ao ICE por “trabalhar e residir nos Estados Unidos sem autorização legal”. (A Rolling Stone entrou em contato com o Departamento de Segurança Interna para comentários.)

Até agora, o Katseye estava em uma boa fase no pop. O grupo foi formado através da Geffen Records e do reality show da HYBE, The Debut: Dream Academy. As finalistas competidoras — incluindo as seis integrantes que seriam escolhidas no final — foram documentadas no reality show da Netflix Pop Star Academy: Katseye. Em 2023, a formação final — que também inclui Daniela Avanzini, Megan Skiendiel e Yoonchae Jeung — foi anunciada e o Katseye foi oficialmente lançado. O que se seguiu foi tudo que um grupo pop poderia desejar: um hit no TikTok (“Touch”), uma apresentação no Lollapalooza, um prêmio no MTV Video Music Award e um comercial da Gap neste outono (com “Milkshake”, de Kelis) que viralizou bastante. O grupo está atualmente em sua primeira turnê e está indicado ao Grammy de Melhor Artista Revelação no próximo ano.

Mas o mundo online também se tornou parte da experiência delas. “As pessoas nos veem como mulheres para classificar”, disse Raj à BBC. “Elas nos avaliam com base em quão bonitas somos, nossa habilidade de canto, habilidade de dança, e então somam tudo e nos dão uma porcentagem”.

Como disse Sophia Laforteza: “Sabemos que nos inscrevemos para ser tão públicas. Sabemos que é parte da fama. Mas isso não muda o fato de que somos humanas”.

O grupo, cujas integrantes são dos EUA, Coreia do Sul, Filipinas e Suíça, tem orgulho de sua formação diversa. “As pessoas querem ver diversidade”, Manon disse à Associated Press. “As pessoas querem se ver representadas na TV, em outdoors. E eu realmente espero que as pessoas no topo vejam isso e vejam que funciona, e implementem isso”.

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