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Música / Entrevista

Kiko Loureiro vem ao Brasil para série de shows: 'Estou super animado'

O artista se apresenta no Best Of Blues And Rock no dia 21 de junho no Rio de Janeiro e depois segue para outras cidades em turnê solo

Kiko Loureiro (Foto: Travis Shinn)
Kiko Loureiro (Foto: Travis Shinn)

Um dos grandes nomes do Rock, nacional e internacionalmente, Kiko Loureiro vem ao Brasil para se apresentar no Best Of Blues And Rock. O artista se apresenta no dia 21 de junho no Rio de Janeiro. Em entrevista a Rolling Stone Brasil, o artista se mostrou animado para vir ao Brasil, onde toca no festival e segue no país para apresentações de sua turnê solo.

"Eu fui para o Brasil rapidamente no ano passado, em novembro. Mas, antes, a última vez foi em 2019, antes da pandemia," contou o artista. "Estou super animado para o show, para essa responsa de fazer um show completo, tocando músicas minhas, mas também passando pelas músicas que eu compus do Angra e do Megadeth também."

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O guitarrista se apresenta pela primeira vez neste festival, e conta que esse tipo de evento é diferente de fazer um show exclusivamente dele. "Tem uma galera que não está lá para me ver." Isso, no entanto, não é um problema para ele. Loureiro brinca que há um desafio para que conquistar o público até a segunda música.

No Best Of Blues And Rock, como ele explica, "há uma convergência" entre os públicos dos artistas que estão no line-up, o que facilita as coisas. "Eu acredito que por ser uma coisa de guitarra, me dá uma liberdade. É legal que eu toque várias coisas como será na turnê depois."

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O músico confessa que tocar no Brasil tem um gosto diferente. "E no Rio é mais especial. Eu sou um carioca fake, cresci em São Paulo e não tenho sotaque," brinca o músico carioca. "Mas me chama para ir para o Rio, que eu vou.

Nos últimos nove anos, com o Megadeth, fui duas vezes para o Brasil. Comparado com antes, que fazia todas cidades do Brasil... Quando você se afasta, começa a fazer um monte de cidade nos Estados Unidos, é legal. Mas você não tem conexão com Oklahoma, St. Paul, Minesotta. 

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O trabalho solo mais recente de Kiko é o disco Open Source (2020). As primeiras apresentações do disco estão acontecendo agora, já que o trabalho foi lançado no período que ficou marcado pela pandemia de COVID-19.

"Eu tinha feito em 2019 o álbum do Megadeth, aí o Dave [Mustaine] teve o câncer na garganta e teve que parar. Depois ele volta e a primeira coisa que fazemos é uma turnê na Europa. Após a turnê, o plano era gravar um álbum. A pandemia vem e avacalha com todos os planos," relembra o artista. A banda esperou os shows serem retomados para poder lançar o disco de fato.

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O guitarrista conta que ao ver a arte e a música sendo usadas como um alívio durante o período de reclusão, decidiu lançar seu álbum. O lançamento se deu de fato em julho. E Kiko entende que essa foi uma atitude positiva, já que as pessoas estavam "sedentas por música."

"Não deu para sair fazendo show, mas deu para ficar na internet correspondendo a atenção de pessoas do mundo inteiro," reflete. O artista tem costume de estabelecer uma relação com os fãs pelas redes sociais, especialmente pelo Instagram e pelo YouTube - onde mantém um canal desde  2008.

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Neste ano, O guitarrista lançou "Out Of The Void," single que pode ser considerado como uma espécie de spoiler para o que vem por aí. "Essa foi uma música que eu fiz com o Plini, que é um guitarrista mais novo que eu, fomos desafiados a fazer tudo em uma tarde - compor, gravar, fazer o vídeo," relembra. 

A dupla levou cerca de cinco horas para desenvolver o som, que retrata bem uma característica do guitarrista brasileiro: une modernidade com referências do passado. "Eu estou com o álbum já pronto, gravado. Só estou vendo quando vou lançar, se espero a turnê."

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Duas décadas

No próximo ano, o primeiro disco solo de Kiko, No Gravity (2005), completa duas décadas. Quando perguntamos se o artista pretende fazer algum projeto para comemorar a data, ele responde: "Boa ideia! Tenho que fazer algo."

Ele conta que depois de algum tempo parou de contar, "mas 20 anos é uma marca boa e foi meu primeiro álbum instrumental. Foi uma quebra de paradigma, eu pensei 'Eu consigo fazer esse negócio'," relembra. À época da gravação, a internet parecia uma ameaça à indústria musical para algumas pessoas, Kiko chegou a ser questionado se queria mesmo lançar um CD. O músico decidiu insistir na ideia, nós agradecemos. 

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