“Killing in the Name”, do Rage Against the Machine, atinge 1 bilhão de streams no Spotify
Guitarrista Tom Morello celebrou conquista pelas redes, agradecendo àqueles que “amaram, odiaram ou gostaram sem entender” a letra
Igor Miranda (@igormirandasite)
Publicado em 11/01/2025, às 16h11O clube do bilhão (“billions club”) do Spotify acaba de ganhar mais um integrante. O Rage Against the Machine chegou pela primeira vez à celebrada marca de reproduções na plataforma com “Killing in the Name”, seu primeiro e maior hit.
A faixa está presente no álbum de estreia do grupo, homônimo e lançado em 1992. O disco, um dos mais influentes da década de 1990, acumula múltiplas certificações de platina nos Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia, registrando mais de 4 milhões de cópias vendidas mundialmente.
Tom Morello, guitarrista e um dos compositores da canção, exaltou a conquista em publicação no X/Twitter. Por meio da rede social, ele declarou:
“‘KILLING IN THE NAME’ acaba de atingir 1 bilhão de streams no Spotify! Obrigado a todos que ouviram: aqueles que amaram, aqueles que odiaram e aqueles que gostaram sem entender. Prova justa de que a música rebelde e a ironia estão vivas e passam bem.”
“KILLING IN THE NAME” just hit 1 billion streams on Spotify! Thanks to all those who listened to it: those who love it, those who hate it, and those that have enjoyed it without understanding it. Righteous proof that rebel music and irony are alive and well.
— Tom Morello (@tmorello) January 11, 2025
Entre outras canções que atingiram a marca de 1 bilhão de reproduções no Spotify nos últimos dias, estão “Where is My Mind?” (Pixies), “Take Me Out” (Franz Ferdinand), “...Baby One More Time” (Britney Spears), “Power” (Kanye West) e “DJ Got Us Fallin’ in Love” (Usher feat. Pitbull). A plataforma contabiliza mais de 840 faixas contempladas pela marca.
Rage Against the Machine e “Killing in the Name”
“Killing in the Name” serviu como primeiro single do disco de estreia do Rage Against the Machine. A faixa em formato promocional foi disponibilizada no mesmo dia do álbum: 2 de novembro de 1992, pela Epic. A própria banda assina a produção ao lado de Garth “GGGarth” Richardson (Mudvayne, Melvins, Kittie, Biffy Clyro).
Embora atemporal, a letra de protesto contra a brutalidade policial é inspirada um tema muito comentado na época: o espancamento de Rodney King por parte de quatro agentes, em 1991, e os tumultos relacionados em Los Angeles, no ano seguinte. A parte melódica é guiada por um riff criado por Tom Morello enquanto ele dava uma aula de guitarra — mais especificamente sobre drop-D, afinação que deixa a corda mais grave (mizona) um tom abaixo das demais, gerando uma sonoridade pesada e muito utilizada por bandas de heavy metal.
Por sua letra controversa e recheada de palavrões, “Killing in the Name” não recebeu tanta atenção das rádios americanas na época. Em outros locais na Europa e Nova Zelândia, fez bastante sucesso. Hoje, é a canção mais conhecida do grupo.
Em 2009, a faixa motivou uma campanha online: fãs queriam colocá-la no topo das paradas de Natal do Reino Unido para evitar que vencedores do programa de talentos The X Factor conquistassem tal feito. A iniciativa teve apoio de nomes como Dave Grohl, Paul McCartney e Prodigy. Deu certo: atingiu o primeiro lugar do ranking em questão e ainda motivou uma entrada no Guinness Book, o livro dos recordes, como a música digital de venda mais rápida em território britânico, com 502.672 downloads pagos em uma semana.
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