Nadya Tolokno, do Pussy Riot, quer se candidatar à presidência da Rússia em 2036 no lugar de Vladimir Putin para 'abrir a imaginação' do povo
Pussy Riot é uma banda de punk rock russa e feminista formada em 2011. Os protestos do grupo consistem em, principalmente, manifestações em prol dos direitos das mulheres e contra políticas da Rússia, mais especificamente do presidente, Vladimir Putin. Em entrevista à Vice News na última quinta, 12 de agosto, a líder da banda Nadezhda Tolokonnikova, também conhecida como Nadya Tolokno, revelou como quer suceder o governante nas eleições de 2036.
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De acordo com informações do Loudwire, a entrevista ocorreu enquanto Tolokno trabalhava com um fotógrafo para criar um pôster para as eleições de 2036 — Putin sancionou, em abril de 2021, uma lei que permitirá mais dois mandatos, de seis anos cada um, adicionados aos 12 anos que completará como presidente da Rússia em 2024.
Tolokno deixou claro que sua intenção é performativa, usa a arte para pensar no futuro. "A ideia de disputar a presidência em 2036 é outra tentativa de abrir a nossa imaginação um pouco. Agora, não posso me candidatar, pois sou uma criminosa condenada, apesar de ter cumprido a minha sentença, não posso participar de eleições," explicou a artista.
Tolokno foi presa em 2012 e sentenciada a dois anos de prisão — mesmo ano em que Putin assumiu o cargo — acusada de "vandalismo motivado por ódio religioso" após uma performance do Pussy Riot na Catedral de Cristo Salvador em Moscou, capital da Rússia. Desde então, a banda continua na resistência contra o presidente há uma década, e a ideia excêntrica é a nova aposta para tentar tirá-lo do poder.
Tolokno também mencionou Alexei Navalny, líder da oposição que foi preso e aguarda uma sentença. "A figura dele é muito importante, pois mostra como o senso de humor e coragem são dois instrumentos essenciais para lutar contra o regime de Putin." Assista à entrevista completa à Vice News abaixo:
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