OLHA A BIA AÍ

Limp Bizkit traz fã para cantar em show no Allianz Parque; veja o vídeo

Momento improvisado durante “Full Nelson” empolga plateia em noite de nu metal e nostalgia

Kadu Soares (@soareskaa)

Limp Bizkit em São Paulo (Foto: Ellen Artie @ellenartie)
Limp Bizkit em São Paulo (Foto: Ellen Artie @ellenartie)

O Limp Bizkit reservou uma surpresa especial para o público presente no sábado, 20, no Allianz Parque, em São Paulo: durante a apresentação da clássica “Full Nelson”, o vocalista Fred Durst chamou ao palco uma fã chamada Bia para cantar junto com a banda, gerando um dos momentos mais celebrados da noite entre cerca de 50 mil pessoas.

Esse tipo de interação com o público não é totalmente inédito nos shows do Limp Bizkit, mas foi especialmente marcante na sexta-feira porque “Full Nelson” é um dos hits mais queridos da discografia da banda. A música faz parte do álbum Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water (2000), um dos discos mais bem-sucedidos da carreira do grupo e símbolo da fase em que o nu metal dominava rádios e pistas de dança.

🎥 Assista ao momento:

Além do show principal do Limp Bizkit, a noite fez parte da turnê Loserville Tour 2025, que passou pela América Latina e contou com cinco bandas de abertura antes da apresentação dos headliners. Cada uma delas tocou duas vezes ao longo do palco principal, aquecendo a plateia e preparando o clima para a entrada energética de Durst e companhia.

O repertório do show no sábado misturou clássicos da banda, que abriu e fechou a apresentação com “Break Stuff”, seu maior sucesso de palco, uma escolha que dividiu opiniões entre críticos — mas que, para muitos presentes, funcionou como um hino de união e intensidade. A construção do setlist equilibrou energia alta com interlúdios reflexivos, alternando entre momentos de impacto e respiros pontuais ao longo dos cerca de cem minutos de show.

 

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Limp Bizkit em São Paulo: caos, nostalgia e conexão com o público

O espetáculo no Allianz Parque não soa como uma produção hipercoreografada — seu charme está justamente na sensação de imprevisibilidade e pura energia. O Limp Bizkit usa o repertório como ferramenta para controlar a plateia, avançando tanto com faixas explosivas como “Rollin'” e “My Generation” quanto com momentos mais contemplativos, como a balada “Behind Blue Eyes” (cover de The Who).

A escolha de alternar entre peso e melodia funciona como uma montanha-russa sonora: canções pesadas e dançantes aquecem a massa, enquanto interferências — como trechos de “Proud Mary” ou “Careless Whisper” — criam respiros que deixam a audiência ainda mais pronta para os próximos estalos de adrenalina. O resultado é um show que entende sua plateia e a guia com precisão entre diferentes estados de intensidade.

E no meio dessa mistura, a participação de Bia fica marcada como um desses momentos em que a banda quebra a quarta parede e entrega ao público um fragmento de protagonismo real: alguém do meio da plateia subindo para cantar “Full Nelson” ao lado de ídolos. Não apenas um destaque da noite, mas uma prova de que a conexão entre banda e fãs ainda é uma das forças motrizes do rock e do nu metal nas arenas brasileiras — sempre barulhento, visceral e imprevisível.

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Setlist — Limp Bizkit em São Paulo — 20/12/2025

Intro: “Drown” (gravada, com vídeo em homenagem a Sam Rivers)

  1. “Break Stuff” (com Slay Squad no palco)
  2. “Hot Dog” – antecedida por trecho de “Master of Puppets” (Metallica)
  3. “Show Me What You Got”
  4. “My Generation”
  5. “Livin’ It Up”
  6. “My Way” – antecedida por trechos gravados de “Jump Around” (House of Pain) e “Walk” (Pantera)
  7. “Rollin’ (Air Raid Vehicle)” – sucedida por trecho gravado de “Proud Mary” (Creedence Clearwater Revival)
  8. “Re-Arranged”
  9. “Behind Blue Eyes” (cover de The Who)
  10. “Eat You Alive”
  11. “Nookie”
  12. “Full Nelson” (participação da fã Bia no palco)
  13. “Boiler” – antecedida por trecho gravado de “Get Down Tonight” (KC and the Sunshine Band)
  14. “Faith” (cover de George Michael) – antecedida por trechos gravados de “Red Red Wine” (UB40) e “Careless Whisper” (Wham!)
  15. “Take a Look Around”
  16. “Break Stuff” (com todas as atrações do dia no palco)

Outro: “Don’t Stop Believin'” (Journey)

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Kadu Soares é formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, possui um perfil no TikTok e um blog no Substack, onde faz reviews de projetos musicais.
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